A última segunda-feira (5) foi marcada por uma turbulência nos mercados globais, com as ações despencando em meio a temores de uma iminente recessão. A volatilidade abalou a confiança dos investidores que apostam em renda variável e se viram diante de um dilema: fugir da tempestade ou aproveitar a oportunidade para comprar na baixa?
Leia também
Devido às quedas acentuadas que abalaram a confiança dos investidores e reacenderam temores de uma possível recessão nos Estados Unidos, muitos ficaram receosos com novos investimentos. No entanto, especialistas financeiros destacam que essa volatilidade não é motivo para pânico, mas pode representar uma oportunidade para investidores estratégicos.
Agora com o mercado mais calmo, os consultores destacam que períodos de retração são comuns. Além disso, levando em consideração que recentemente os preços das ações nos Estados Unidos estavam em níveis recordes, comprar agora, o que alguns especialistas chamam de “em desconto”, pode não ser uma má ideia.
Publicidade
Como explicamos nesta reportagem, embora possa parecer contraditório, adquirir ações quando os preços caem pode ser vantajoso para investidores em fase de “acumulação”, um termo utilizado para descrever aqueles que ainda estão longe da aposentadoria.
Catherine Valega, uma planejadora financeira certificada (CFP) de Massachusetts, apoia essa abordagem. “Sim, sim, sim. Continue comprando”, afirma Valega. “Se o investidor tem dinheiro de lado, seria ótimo adicionar mais a um portfólio de ações agressivo e diversificado.” Portanto, se desejar, você pode adquirir um pouco mais.
A ideia de adquirir ativos quando o mercado está em queda pode parecer contraintuitiva, mas é uma tática utilizada por muitos investidores experientes. Ao comprar na baixa, o investidor adquire ativos a um preço mais baixo, aumentando o potencial de ganho a longo prazo. No entanto, é fundamental ter em mente que o mercado pode continuar a cair e que os resultados não são garantidos.
Andrew Herzog, CFP baseado no Texas, reforça a importância de manter a consistência nos investimentos, independentemente das flutuações do mercado. “Compre e segure. Não tente prever o mercado. Continue com a média de custo em dólar”, recomenda Herzog.
A média de custo em dólar é uma estratégia em que o investidor aplica uma quantia fixa regularmente, comprando mais ações quando os preços estão baixos e menos quando estão altos. Essa prática ajuda a suavizar as oscilações do mercado. “É assim que você mantém a emoção fora disso”, explica Herzog. “Esta é uma ótima estratégia para quem está investindo a longo prazo.”
Publicidade
Contudo, os especialistas alertam que qualquer decisão de investir fundos adicionais deve ser feita com cautela. É essencial não comprometer o dinheiro de emergência e estar preparado para a possibilidade de novas quedas no curto prazo. O objetivo desse investimento em renda variável deve ser sempre o longo prazo, com a paciência e a disciplina como aliadas.
Colaborou: Gabrielly Bento.