Com a recente reeleição de Donald Trump, o setor de tecnologia se encontra em um cenário de incertezas. Aspectos cruciais como a regulação da inteligência artificial (IA), as políticas de imigração e as fusões empresariais poderão passar por mudanças drásticas.
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De acordo com reportagem do Business Insider, Trump deixou claro que pretende reorganizar sua equipe administrativa, e grandes líderes empresariais – incluindo Elon Musk – estão na lista de possíveis colaboradores. Em um discurso recente, Trump elogiou o empresário por seus avanços na SpaceX, sinalizando uma aliança com o bilionário, que pode impactar diretamente o setor.
O setor de tecnologia dos EUA, especialmente gigantes como Google (GOGL34), Meta (M1TA34), já enfrentou batalhas antitruste. Entretanto, uma possível revisão de regras pode intensificar ainda mais esses conflitos. Durante a campanha, Trump criticou o Google por manipular seus resultados de busca e ameaçou processar a empresa. Além disso, ele fez duras declarações sobre Mark Zuckerberg, fundador da Meta, informando que poderia tomar medidas legais contra ele.
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Uma questão sensível para o setor é o plano de Trump de reativar tarifas de importação, que podem aumentar os custos para empresas que dependem de componentes fabricados no exterior. Analistas econômicos alertam que essa estratégia pode não apenas encarecer os produtos como também reduzir o consumo doméstico, gerando um efeito dominante que atinge os lucros de big techs como Apple (AAPL34) e Microsoft (MSFT34).
Ainda conforme o Business Insider, especialistas afirmam que as tarifas impostas por Trump no passado já descobriram seu potencial de impacto negativo na economia e, agora, o setor monitora de perto os próximos passos do presidente reeleito.
Outro ponto crítico está relacionado às restrições de imigração. Empresas de tecnologia, que enfrentam dificuldades de profissionais específicos, podem sofrer com a possível diminuição de vistos H-1B, essenciais para atrair talentos estrangeiros para os EUA.
Isso, somado ao aumento da demanda por especialistas em IA, pode comprometer a vantagem competitiva dos EUA em tecnologia. No entanto, alguns analistas acreditam que Trump, ao perceber os efeitos da deficiência de mão de obra, poderá amenizar essas restrições para não comprometer o desenvolvimento do setor.
A gestão de Trump também poderá influenciar a questão das fusões empresariais. Diferentemente da administração de Biden, que impôs diretrizes mais rigorosas para essas operações, Trump tem uma postura historicamente mais favorável para grandes negócios, o que pode favorecer aquisições no setor. Contudo, os especialistas alertam que a escolha de um novo procurador-geral pode alterar o equilíbrio, dependendo de quão conservador ou ativo ele seja em relação às fusões.
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A inteligência artificial é outro tema central para as grandes empresas de tecnologia. Trump apresentou cautela quanto à regulamentação imposta por Biden, que abordava a governança e os riscos da IA.
Donald Trump pode optar por uma postura mais branda, eliminando alguns critérios burocráticos, ou que traria ruptura para empresas que desejam um ambiente regulatório menos restritivo. Porém, a ausência de uma orientação clara para a IA pode gerar instabilidade no setor, deixando as empresas sem um rumo definido.
Colaborou: Gabrielly Bento.