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Testes da nova bolsa de derivativos A5X podem acontecer no final de 2025

A empresa se prepara para submeter a sua documentação aos reguladores até o fim de 2024, diz diretor financeiro

Testes da nova bolsa de derivativos A5X podem acontecer no final de 2025
(Foto: Envato Elements)

A A5X, nova bolsa focada em derivativos e futuros a ser lançada em 2026, se prepara para submeter a sua documentação aos reguladores até o fim de 2024, disse Karel Luketic, CFO (diretor financeiro) e um dos fundadores. A plataforma deverá estar pronta para testes no fim de 2025 e para operar – com produtos que já existem no Brasil e, também, novidades – em 2026.

“Estamos em fase de elaboração dos materiais para dar entrada nos processos, tanto na CVM como no Banco Central, até o final do ano”, disse Luketic, frisando que a firma incluirá uma estrutura de clearing. “E na fase de validar os vendors [fornecedores] de tecnologia, detalhando a demanda e os custos.”

Ainda não há definição do momento exato em que a plataforma será lançada. “Tudo estará pronto para a fase de testes entre o terceiro ou quarto trimestre de 2025 e o primeiro trimestre de 2026. A operação começa assim que recebermos as autorizações”, comentou.

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A nova bolsa se beneficia da experiência que os fundadores e executivos levam da XP, de onde são oriundos dois dos fundadores, comenta Luketic. “A gente montou algumas bolsas de token e cripto na XP em seis meses. É claro que agora há algumas complexidades adicionais”, disse. “Mas nada que nos assuste. O segredo está na execução. Estamos trabalhando com um dream team.”

A nova bolsa foi fundada por Carlos Ferreira, ex-sócio controlador da XP e hoje CEO e sócio controlador da A5X; Nilson Monteiro, presidente da corretora Ideal – que foi comprada pelo Itaú Unibanco (ITUB4) em 2022 -; o advogado Julian Chediak; e Luketic, ex-sócio e ex-diretor executivo da XP. O conselho de administração é composto por Chediak, Monteiro e André Monteiro, ex-CRO (diretor de risco) da B3 e XP e atual CRO da Stone.

A construção do time é a principal notícia da firma após a primeira rodada de captação, que, conforme dados da Junta Comercial de São Paulo, foi liderada pela corretora Ideal e outro investidor, cujo nome não foi revelado. Em conjunto com a segunda rodada, que está se encerrando no momento, o volume levantado alcançará R$ 200 milhões.

Para compor o C-level, em conjunto com Carlos Ferreira e Luketic, a nova bolsa contratou dois egressos da B3: Paulo D´Angelo, que foi diretor-gerente de Middle Market e Soluções de Back Office e é COO (diretor operacional) na nova bolsa; e Tarcísio Morelli, que era diretor-gerente de Data Analytics, produtos de TI, Inovação e Precificação e chega à A5X como diretor de Assuntos Regulatórios. Ainda no C-level, Ulysses Maia, que era gestor de portfólio do Credit Suisse, chega como CRO.

Cardápio completo

A companhia se apoiará num tripé, contou Luketic, citando, em primeiro lugar, a eficiência. “Ser o mais eficiente possível para ser o mais competitivo possível”, disse, sem detalhar os preços que a bolsa vai praticar.

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O segundo ponto é tecnologia. “A gente tem uma enorme vantagem, estamos começando do zero. A maturidade das tecnologias que a gente consegue contratar hoje, ou desenvolver, está anos-luz adiante do que existe”, afirmou.

O terceiro tópico se refere a produtos. “Dá para trazer coisas que são muito boas para o investidor brasileiro. Podemos ser muito rápidos e ágeis em trazer produtos que o mercado esteja buscando, no institucional e no varejo”, disse, sem detalhar.

“Dá para fazer muita coisa legal com coisas que já existem, fazendo alguns ajustes que deixam tudo mais eficiente, no sentido de preço ou de detalhamento técnicos de produtos”, comentou, acrescentando que a firma poderá oferecer um cardápio completo, incluindo produtos que não são ofertados no Brasil. “Tem muitas coisas que não acontecem por lentidão do ecossistema.”

Em relação à competição com a nova bolsa do Rio, operada pela ATG, que na fase dois deverá operar com derivativos, Luketic disse: “competição é bom, saudável. A gente sempre teve essa cabeça na XP e a traz para cá”. Haverá sobreposições entre as bolsas, disse, e isso será positivo, da mesma forma que o advento dos bancos digitais ampliou o mercado dos investimentos.

Número da sorte

O nome da empresa traz o “5” porque é o número da sorte de Carlos Ferreira, conta Luketic. “Ele já usou em outras situações e trouxe sorte. É um número primo, indivisível e forte”, comenta o executivo. A vogal “A” traz uma base sólida, com o poder do formato de pirâmide. E o “X” é de exchange (bolsa), explica. “O nome ficou simples, direto e bonito.”

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