Ibovespa, o principal índice da B3. (Foto: Adobe Stock)
A Azevedo & Travassos Energia (AZEV4) estreou nesta sexta-feira (14) na B3 com planos auspiciosos para crescer no segmento de petróleo e gás natural, focando principalmente na aquisição de poços maduros onshore. Com quase 7 mil negócios, o papel disparou 116,48%, liderando os ganhos do mercado doméstico.
A empresa mapeia o mercado de olho em companhias que têm planos de rotação de ativos. “A nossa perspectiva é crescer de forma inorgânica, adquirindo outras empresas, fazendo fusões, aquisições e parcerias”, explicou ao Broadcast Energia o presidente da empresa, Ivan Carvalho.
As futuras investidas da empresa seguirão o que já foi feito na aquisição de 13 campos de petróleo da Brava Energia, localizados no Porto Carão e Barrinha, na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. A transação, avaliada em US$ 15 milhões, foi realizada em parceria com a PetroVictory Energy Corp., com cada empresa assumindo 50% dos ativos.
Ele disse que hoje no mercado existem produtos que necessitam de capital para ampliar seus negócios ou de tecnologia. “Ou os dois. Enfim, é um momento em que é possível negociar e entrar de diversas formas, com uma parceria ou uma aquisição, ou até mesmo num consórcio”.
Para o futuro, contudo, o executivo vislumbra fazer parcerias com outras empresas para atuar também na exploração offshore. “Para frente, com o parceiro certo, a gente pode procurar algo em águas rasas ou alguma coisa assim. Mas, por enquanto, o nosso foco é crescer e consolidar nesse mercado para depois pensar em voos maiores”, disse o executivo.
Outro segmento no qual a empresa quer atuar no futuro é a geração de energia elétrica. Essa etapa, contudo, não tem um prazo definido e deve acontecer somente após a consolidação da empresa no segmento de petróleo. “O nome [Azevedo & Travassos Energia] é justamente por isso. A gente pretende depois, dependendo do negócio, estudar outros tipos de investimento”.
Bolsa
A estreia na B3 é parte do processo de cisão com o Grupo Azevedo & Travassos, estruturado nos últimos 18 meses. Com a cisão, haverá duas empresas listadas uma focada na área de infraestrutura e outra independente com atuação em petróleo e energia. Esta última recebeu um aumento de capital de R$ 751 milhões, alcançando R$ 1,208 bilhão de capital social e agora é negociada com o ticket AZEV3.