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Ações da Oi (OIBR3) despencam após segundo pedido de RJ

A companhia havia entrado em recuperação judicial em 2016, com uma dívida de R$ 65 bilhões

Ações da Oi (OIBR3) despencam após segundo pedido de RJ
Recentemente, a OI saiu de recuperação judicial, mas pode voltar a qualquer momento e tem assustado os investidores. (Shutterstock/Gajus/Reprodução)

A Oi (OIBR3), companhia de telecomunicações brasileira, informou ao mercado na noite de quarta-feira (1) que ajuizou um pedido de recuperação judicial pela segunda vez na história. Às 11h46 do horário de Brasília, as ações da Oi registravam queda de 12,32%, cotadas a R$ 1,78.

A companhia havia entrado em recuperação judicial em 2016, com uma dívida de R$ 65 bilhões. O encerramento do processo se deu em dezembro de 2022, mas a Oi segue com dívida de R$ 35 bilhões.

Para Carolina Merizio, advogada e Secretária-Geral no Centro de Mediação do Instituto Recupera Brasil, fica evidente a falha no processo de recuperação judicial. “A Oi entrou com nova recuperação judicial no prazo mínimo de lapso temporal entre um processo e outro previsto na lei e isso deixa claro que a primeira tentativa de reestruturação não foi integralmente bem sucedida, uma vez que manteve a empresa viva, porém sem condições de manter-se operando com boa saúde financeira’, disse a advogada

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“O próximo plano de recuperação judicial deverá, de uma maneira muito mais assertiva que o primeiro, demonstrar a viabilidade do negócio para que os credores tenham segurança na aprovação do novo plano”, completou.

O pedido de Recuperação Judicial será submetido à ratificação dos acionistas em Assembleia Geral da companhia.

“A Oi reafirma a confiança que tem em sua capacidade operacional e comercial para que seja bem-sucedida na proposição e aprovação de um plano de recuperação judicial que permita ganho de valor para a Companhia e suas Subsidiárias e na manutenção do alto nível da prestação de serviços aos seus clientes”, destacou a empresa.

Merizio ainda destaca como ficará a situação do investidor. “Os investidores da empresa, de uma maneira geral, serão listados como credores na recuperação judicial e deverão observar atentamente, não apenas as projeções que serão apresentadas, mas também a avaliação dos ativos, a fim de apurar se a falência da companhia apresentará uma melhor perspectiva de recebimento do crédito. A apresentação de um novo plano amplamente negociado com os credores mostra-se como uma alternativa crucial para o restabelecimento da confiança entre a Oi e seus investidores”.

 

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