(Reuters) – A Amazon.com será mais ativa na remoção de conteúdos que violem suas políticas de serviço em nuvem, como as de evitar promoção de violência, segundo duas fontes a par do assunto.
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A medida vai renovar o debate sobre quanto poder as empresas de tecnologia têm para restringir a liberdade de expressão.
Nos próximos meses, a Amazon contratará um grupo de pessoas na divisão Amazon Web Services (AWS) para desenvolver o projeto e trabalhar com pesquisadores externos para monitorar ameaças futuras, disse uma das fontes.
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Isso pode transformar a Amazon, a provedora líder mundial de serviços em nuvem, com 40% de participação no mercado de acordo com a empresa de pesquisas Gartner, em uma das mais poderosas árbitras de conteúdo permitido na internet, dizem especialistas.
A Amazon ganhou as manchetes do Washington Post na semana passada por fechar um site hospedado no AWS que apresentava propaganda do Estado Islâmico que celebrava o atentado suicida que matou cerca de 170 afegãos e 13 soldados norte-americanos em Cabul na última quinta-feira (2). A ação ocorreu depois que o Washington Post entrou em contato com a Amazon, disse o jornal.
A abordagem ao conteúdo ocorre após a Amazon expulsar o aplicativo de mídia social Parler de seu serviço em nuvem, logo após o tumulto no Capitólio, em 6 de janeiro, por permitir conteúdo que promovia violência.
“O AWS Trust & Safety trabalha para proteger os clientes, parceiros e usuários da internet da AWS de malfeitores que tentem usar nossos serviços para fins abusivos ou ilegais”, disse um porta-voz da AWS em comunicado.
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Ativistas e grupos de direitos humanos estão cada vez mais responsabilizando não apenas sites e aplicativos por conteúdo prejudicial, mas também a infraestrutura de tecnologia que permite que esses sites operem, enquanto políticos conservadores condenam a restrição da liberdade de expressão.
A AWS já proíbe que seus serviços sejam usados de várias maneiras, como atividades ilegais ou fraudulentas, para incitar ou ameaçar a violência ou promover a exploração e o abuso sexual infantil, de acordo com sua política de uso.
A Amazon primeiro pede que os clientes removam conteúdo que viole suas políticas ou que tenham um sistema para moderar o conteúdo. Se a Amazon não conseguir chegar a um acordo aceitável com o cliente, pode tirar o site do ar.
A nova equipe da AWS não planeja vasculhar a vasta quantidade de conteúdo que as empresas hospedam na nuvem, mas terá como objetivo se antecipar a ameaças futuras, como grupos extremistas emergentes cujo conteúdo pode chegar à nuvem.
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