A Ambev (ABEV3) iniciou o ano com pé direito, com balanço do primeiro trimestre de 2025 em linha com o esperado pelo mercado. Nesta quinta-feira (8), a empresa reportou lucro líquido de R$ 3,8 bilhões, praticamente estável em relação ao mesmo período do ano anterior, mas com destaque para o volume. No pregão desta tarde, as ações avançam 0,21%, a R$ 14,30.
Sobre o balanço da Ambev, o Citi ressaltou o aumento nos volumes da Cerveja Brasil. Os números vieram melhores que o esperado, com um crescimento de 0,7% na comparação anual, enquanto a expectativa era de queda de 1%. Para o banco, esse avanço foi apoiado por produtos como: Corona, Spaten, Stella Artois e Original.
“Adicionalmente, Budweiser registrou um crescimento na faixa dos jovens adultos, enquanto Brahma e Antarctica, juntas, tiveram um crescimento em dígitos médios baixos”, explicaram os analistas Renata Cabral e Tiago Harduim, em relatório. A dupla acrescentou que o segmento se beneficiou de um carnaval mais favorável do que o esperado.
O desempenho do volume em unidades brasileiras também foi elogiado pela Ágora Investimentos e Bradesco BBI. Entretanto, segundo as corretoras, essa valorização não é suficiente para alterar sua visão neutra sobre as ações ABEV3. “Embora os volumes, particularmente no Brasil, tenham sido de fato mais fortes do que o esperado, acreditamos que o crescimento do resultado final depende muito mais da recuperação da margem do que de uma receita impulsionada pelo volume”, dizem Henrique Brustolin, do BBI, e Ricardo França, da Ágora.
Para as ações da Ambev (ABEV3), a Ágora calcula preço-alvo de R$ 12,00, com recomendação neutra e potencial de queda de 15,9% em relação a quarta-feira (7). O Citi, por sua vez, manteve a mesma recomendação, mas com de preço-alvo de R$ 14, o que representa um potencial de queda de 1,89% em relação ao último fechamento.