

As ações da Americanas (AMER3) enfrentam mais um dia de forte queda na Bolsa brasileira nesta sexta-feira (28). Depois de terem tombado mais de 25% na véspera, os papéis da companhia cedem 7,91% a R$ 6,17 hoje. O movimento acontece após a empresa ter divulgado o seu balanço do quarto trimestre de 2024.
No período, a varejista registrou prejuízo de R$ 586 milhões, contra um lucro de R$ 2,56 bilhões apurado no mesmo intervalo de 2023. Segundo a CFO (diretora financeira) da Americanas, Camille Faria, o resultado negativo reflete ainda os custos da empresa com o processo de recuperação judicial.
No acumulado de 2024, a varejista lucrou R$ 8,281 bilhões e reverteu o prejuízo de R$ 2,272 bilhões amargados no ano anterior. Esse lucro anual foi impulsionado pelo reconhecimento como receita financeira dos cortes na dívida bilionária da empresa com bancos, efeito concentrado no balanço do terceiro trimestre.
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O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), já considerando o pagamento de aluguéis, fechou em negativos R$ 58 milhões, contra o registrado no último trimestre de 2023, quando encerrou no vermelho em R$ 1,44 bilhão.
No período de referência, a companhia teve receita líquida de R$ 4,369 bilhões, 4,5% abaixo dos R$ 4,573 bilhões dos últimos três meses de 2023. Em 2024, a receita totalizou R$ 14,349 bilhões, contra os R$ 14,759 apurados no ano anterior.
O volume bruto de mercadoria (GMV) de lojas físicas cresceu 11,9% no ano, enquanto as vendas no conceito “mesmas lojas” avançaram 15% na comparação com 2023.
“Tivemos uma Páscoa histórica e realizamos uma Black Friday e um Natal que bateram as expectativas e comprovaram a potência da nossa capilaridade de cerca de 1.600 lojas em mais de 800 municípios do País. Nosso cliente segue conosco”, afirmou o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, em nota.
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Em 2024, as despesas com vendas e gerais e administrativas (SG&A) da Americanas tiveram redução de 5,4 pontos percentuais em relação à margem registrada em 2023. “A busca constante pela eficiência continua sendo um norte para a nossa operação, que vem reduzindo gastos, revisando processos e trazendo ferramentas para avaliar, de forma sistemática, a qualidade da gestão e a performance. Ainda temos muito trabalho a fazer, mas esses avanços, alinhados ao nosso propósito de resolver a vida das famílias brasileiras e à maior integração entre os canais, nos dão uma base mais estruturada para 2025”, completou Coelho.