O Magazine Luiza (MGLU3) foi afetado pelo apagão cibernético nesta sexta-feira (19). Segundo a varejista, houve um aumento no tempo de processamento de seus pagamentos, motivado pela instabilidade sofrida por uma empresa parceira.
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“O efeito foi imaterial e está em processo de imediata resolução”, afirma a companhia. O apagão cibernético desta sexta-feira afetou boa parte das empresas do mundo. Companhias do setor elétrico, bancos, aviação e bolsas de valores pelo mundo tiveram instabilidade em suas atividades após uma atualização de software emitida pela CrowdStrike.
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Isso resultou em travamentos de máquinas que executam o sistema operacional Microsoft Windows, o que causou problemas para muitas empresas pelo mundo, impactando também as companhias brasileiras. Além do Magalu, a Azul (AZUL4) e o Bradesco (BBDC3; BBDC4) também foram atingidos.
Em nota, o Bradesco diz que os sistemas dos canais digitais apresentam indisponibilidade nesta manhã, mas que à tarde foram resolvidos. “Eventualmente, podem ocorrer registros isolados de intermitência. Em breve, todos acessos estarão estáveis”, diz o banco.
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Outras empresas do setor financeiro foram prejudicadas. Em nota, a XP Investimentos disse que diante do apagão cibernético global está atuando com prioridade absoluta para identificar e “corrigir eventuais intercorrências que possam impactar os clientes”. O BTG Pactual (BPAC11) disse que seus aplicativos estão funcionando normalmente, mas que funções ligadas a operadores externos podem apresentar indisponibilidade.
Já algumas corretoras foram impactadas, caso da Clear Corretora. A empresa informou aos clientes que sua plataforma de investimento e algumas outras funcionalidades estão temporariamente indisponíveis e podem apresentar instabilidades ao longo do dia de hoje. “Estamos trabalhando para reestabelecer os serviços e o atualizaremos tão logo tenhamos novidades”, disse a empresa.
Setor financeiro e Magazine Luiza não foram os únicos atingidos pelo apagão cibernético
No setor aéreo, a empresa atingida foi a Azul. Segundo a companhia, alguns voos podem sofrer atrasos pontuais devido à intermitência no serviço global do sistema de gestão de reservas. “A recomendação é de que os clientes que têm voo marcado para hoje e ainda não realizaram o check-in cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia. A Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes”, afirma a empresa.
Companhias de outros setores também foram atingidas, como as elétricas. Nesse segmento, as empresas Neoenergia (NEOE3), Cemig (CMIG4)e Copel (CPLE6) foram afetadas. A Neoenergia disse que alguns de seus serviços comerciais estão temporariamente indisponíveis por causa do apagão dos sistemas.
A Cemig comentou que o apagão cibernético interferiu na prestação de serviços em todo o mundo afetou a estabilidade dos canais de atendimento da empresa, especificamente o Cemig Atende Portal (Agência Virtual) e o Aplicativo Cemig. Já a Copel comentou que o falha cibernética global tem afetado a prestação de serviços em todo o mundo impactou parte dos seus sistemas da operação da distribuição e de atendimento ao cliente “brevemente” durante a madrugada desta sexta-feira (19), mas que não houve prejuízo aos clientes.
O que causou o apagão cibernético?
Segundo esta reportagem do Estadão, o apagão cibernético provocou atrasos em voos, além de prejudicar serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo. Países como Austrália, Reino Unido, Nova Zelândia e Índia reportaram problemas técnicos que afetaram redes de televisão nacionais, aeroportos internacionais, operadoras ferroviárias, bolsas de valores e outros serviços.
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Não há indícios de que o apagão esteja relacionado a um ataque hacker. A interrupção foi atribuída à CrowdStrike, uma empresa de segurança cibernética cujo software é usado por dezenas de indústrias ao redor do mundo para proteger contra hackers e violações externas. Uma atualização de software emitida pela CrowdStrike está na raiz do problema, resultando em travamentos de máquinas que executam o sistema operacional Microsoft Windows.
Em nota, a Microsoft disse na tarde desta sexta-feira que todos os seus serviços já foram retomados. A volta à normalidade pode ser questão tempo, segundo empresas parceiras do Magazine Luiza (MGLU3) e a própria varejista.