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Apagão cibernético: conheça a Crowdstrike, empresa responsável pelo caos mundial de hoje

Papéis da empresa negociados na Bolsa brasileira (BDRs) chegaram a desabar 13,9% nesta manhã

Apagão cibernético: conheça a Crowdstrike, empresa responsável pelo caos mundial de hoje
Falha na atualização de software da Crowdstrike provocou apagão cibernético global (Foto: Envato Elements)
O que este conteúdo fez por você?
  • Parece filme: nesta sexta-feira (19), o mundo enfrenta um “apagão cibernético” global, que interrompeu voos, prejudicou sistemas de telecomunicações e serviços bancários
  • Por trás da “tela azul” dos computadores, está a empresa Crowdstrike Holdings, cujos papéis são negociados na Nasdaq pelo ticker CRWD. No Brasil, os BDRs possuem código C2RW34
  • A Crowdstrike é líder global em tecnologia segurança cibernética. Contudo, uma falha em uma atualização de um antivírus, feita está madrugada, acabou travando os sistemas do Windows

Parece filme de ficção científica: nesta sexta-feira (19), o mundo enfrenta um “apagão cibernético” global, que interrompeu voos, prejudicou sistemas de telecomunicações e serviços bancários. Por trás da “tela azul” dos computadores, está a empresa Crowdstrike Holdings, cujos papéis são negociados na Nasdaq pelo ticker CRWD e na Bolsa brasileira por meio de “Brazilian Depositary Receipts” (BDRs), sob o código C2RW34.

A Crowdstrike é líder global em tecnologia e segurança cibernética. Contudo, uma falha em uma atualização de um antivírus, feita está madrugada, acabou travando os sistemas do Windows. O erro ocorreu no software “Crowsdstrike Falcon”, ferramenta que detecta e monitora possíveis ataques de hackers nos computadores.

A holding foi fundada em 2011 e atende grandes clientes, como as companhias aéreas, empresas de TV e bancos. De acordo com o CEO da empresa, George Kurtz, a Crowdstrike está trabalhando “ativamente com os clientes afetados” pelo defeito encontrado na atualização do antivírus e que os sistemas operacionais Mac e Linux não foram impactados.

“O problema foi identificado, isolado e uma correção foi implantada”, disse o executivo, em publicação na rede social X. “Nossa equipe está totalmente mobilizada para garantir a segurança e estabilidade dos clientes Crowdstrike.”

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Por volta das 10h54, os BDRs da companhia no Brasil caíam 9,.36%, aos R$ 79,20. No ápice de baixa, entretanto, a C2RW34 chegou a ceder 13,9%. Na Nasdaq, as ações cedem 9,04% – no pior momento, durante a manhã, a CRWD despencou 11,8%.

Bradesco (BBDC4) fora do ar devido a apagão cibernético

No Brasil, um dos bancos afetados pelo apagão cibernético provocado pela falha no software da Crowdstrike foi o Bradesco (BBDC4). O aplicativo está fora o ar nesta manhã – segundo nota enviada ao E-Investidor, a instituição financeira afirma estar com equipes atuando para a regularização dos serviços o “mais breve” possível. “Os terminais de autoatendimento do banco funcionam normalmente”, diz o banco. Nesta reportagem, detalhamos o ocorrido com o app do Bradesco.

Até às 12h, as ações BBDC4 apresentavam leve alta, de 0,16%, aos R$ 12,58.

Pane global afeta Azul (AZUL4)

Outra companhia afetada pela falha que atingiu os computadores com sistema operacional Windows foi a Azul (AZUL4). A aérea avisou aos passageiros que alguns voos poderão sofrer atrasos devido à instabilidade no serviço global do sistema de gestão de reservas.

“A recomendação é que os clientes que possuem voo hoje e ainda não realizaram o check-in, cheguem ao aeroporto mais cedo e dirijam-se ao balcão de atendimento da companhia. A Azul lamenta eventuais transtornos causados aos clientes”, diz a companhia, em nota. Veja mais detalhes sobre o impacto na Azul nesta reportagem.

Especialistas em direito do consumidor avisam que, mesmo em casos de problemas tecnológicos, a empresa aérea tem a obrigação legal de fornecer assistência aos passageiros. Ou seja, cobrir todos os custos extras gerados pelo atraso, como alimentação e hospedagem.

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Até às 12h, a AZUL4 subia 2,69%, aos R$ 8,41.

Até elétricas foram afetadas por apagão cibernético

As empresas de energia Neoenergia (NEOE3), Cemig (CMIG3) e Copel (CPLE6) tiveram as operações afetadas pelo apagão cibernético global. A Neoenergia informou que serviços comerciais estavam temporariamente indisponíveis; na Cemig, o problema tecnológico impactou a estabilidade dos canais de atendimento da empresa, especificamente o Cemig Atende Portal (Agência Virtual) e o Aplicativo Cemig; já a Copel disse que parte dos seus sistemas da operação da distribuição e de atendimento ao cliente foram brevemente afetados durante a madrugada, mas que não houve prejuízos a clientes.

Por volta das 12h, os papéis NEOE3, CMIG3 e CPLE6 caíam 0,86%, 1,83% e 0,3% respectivamente. Veja nesta reportagem as empresas listadas na B3 que foram afetadas pela pane mundial.