Após a confirmação do aumento de capital da Gafisa (GFSA3) e a acusação da Esh Capital de que Nelson Tanure, empresário, controlaria a empresa por meio de diversos fundos, as ações da construtora despencaram.
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Às 16h01 desta terça-feira (10), as ações da Gafisa despencavam 22,57%, cotadas a R$ 17,87. Os diversos entraves judiciais entre a Esh e a construtora estão fazendo com que o preço das ações oscilem.
Os papéis da construtora, no acumulado dos últimos trinta dias, apresentaram alta de 200%, mas como dito nesta reportagem, analistas pregam cautela.
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O derretimento das ações tem relação com a movimentação societária da Esh Capital, que, em resposta ao aumento de capital da Gafisa, pediu a convocação de uma assembleia geral extraordinária (AGE) para propor a suspensão dos direitos políticos do empresário Nelson Tanure.
O pedido foi feito com base nos cálculos da gestora de que os fundos ligados ao empresário já teriam atingido uma fatia de 50% da Gafisa, fazendo com que a cláusula de “poison pill” seja disparada. A Esh tenta provar que Tanure exerce o controle da Gafisa por meio de um conjunto de fundos, dentre eles os do Banco Master (ex-Banco Máxima).
“A Esh Capital não subscreveu o aumento de capital homologado pela Gafisa em reunião do Conselho de Administração da companhia realizada no último dia 3 porque a decisão se deu de forma ilegal”, disse a Esh Capital em nota. A Gafisa diz que o aumento de capital teve adesão de 1.500 acionistas, mas a Esh afirma que o número não é relevante em relação ao total da base acionária da Gafisa.