O BTG (BPAC11) avalia que os resultados operacionais da B3 (B3SA3) “parecem um pouco melhores do que as estimativas”, sinalizando resultados melhores do que o esperado no segundo trimestre. O banco, contudo, reitera recomendação neutra e indica que o preço-alvo para o papel em R$ 14, o que representa um potencial de valorização de 26,7% sobre o último fechamento.
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Em relatório, o banco afirma que o volume de ações do segundo trimestre ficou um pouco acima das expectativas, atingindo R$ 24,8 bilhões, enquanto o volume médio diário (ADV) para derivativos listados, mercado de balcão (OTC) e veículos financiados superaram as estimativas.
“A ação da B3 ainda negocia como se tivesse um beta alto para os mercados de ações, mas na verdade possui diversificação bastante decente/saudável, proporcionando vários fluxos de receita além da negociação de ações tradicionais, incluindo derivativos, renda fixa e dados e análises”, afirmam os analistas Eduardo Rosman, Thiago Paura e Ricardo Buchpiguel. “Isto significa uma base de receitas mais resiliente e mitiga alguma da volatilidade associada ao mercado de capitais”, observaram.
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Ainda, o BTG diz esperar que a B3 registre R$ 2,25 bilhões em receita líquida neste trimestre, mas nota que, depois de incorporar os dados operacionais completos do segundo trimestre, prevê que a receita deve chegar a um valor superior a R$ 2,35 bilhões.
Em relação ao resultado final, o banco espera ganhos de R$ 1,13 bilhão no segundo trimestre, conforme os Princípios Contábeis Geralmente Aceitos (GAAP, na sigla em inglês) utilizado pela CVM, mas afirma sentir que há riscos positivos com números operacionais acima das suas estimativas.
“Considerando a recente deterioração do cenário macroeconômico, a possibilidade de altas taxas de juros por um período prolongado e volumes persistentemente fracos, parece haver falta de entusiasmo pelas ações”, pontuam os profissionais. No entanto, as ações da B3 caíram mais de 20% no acumulado do ano, o que parece exagerado, especialmente considerando a forte competitividade da B3 e a diversificação de receitas, observam em relatório.
“Embora o aumento do risco competitivo por parte de players como ATG/Mubadala, CSD, CERC e outros podem ter prejudicado o potencial de valorização das ações (em caso de flexibilização monetária), o perfil de risco/retorno do B3SA3 parece cada vez mais inclinado para cima”, diz o BTG.
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Por fim, o banco reitera recomendação neutra, enquanto favorece outros nomes do setor financeiro não bancário, como Stone (STOC31), PagSeguro (PAGS34) e BB Seguridade (BBSE3). Porém, a casa destaca que seu viés para B3 ficou mais positivo após os números de junho.