A Eneva (ENEV3), empresa integrada de energia, fechou o primeiro trimestre do ano com receita e Ebitda recordes, enquanto o lucro foi 21% superior ao obtido há um ano, informou a companhia. O lucro somou R$ 223 milhões, enquanto o Ebitda atingiu R$ 1,2 bilhão, 138% maior do que o registrado no primeiro trimestre de 2022, e 107% superior ao trimestre anterior.
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“É a primeira vez que atingimos Ebitda acima de R$ 1 bilhão. Tivemos uma receita muito forte puxada por ativos adquiridos, nossos projetos de cinco anos atrás começaram a gerar e tivemos uma intensa comercialização de energia”, disse o diretor Financeiro da Eneva, Marcelo Habibe ao Broadcast.
A receita da companhia foi de R$ 2,5 bilhões, superando o recorde do período imediatamente anterior em 6%. Se comparado ao mesmo período de 2022, o aumento foi de 224%.
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De acordo com Habibe, os resultados se devem ao trabalho de diversificação de receitas intensificado no ano passado pela companhia, como forma de depender cada vez menos das condições hidrológicas do País. A empresa recebe cerca de R$ 7 bilhões por ano para manter as suas termelétricas disponíveis para despacho, informou Habibe.
“No primeiro trimestre não houve despacho das térmicas, mas a Eneva mostrou com essa receita forte que não depende das condições hidrológicas do País. Exportamos energia para Argentina, que complementa o mercado brasileiro. Exportamos no primeiro trimestre e voltamos a exportar agora em abril”, afirmou.
Houve ainda redução do SG&A (sigla em inglês para Despesas de vendas, gerais e administrativas) de 48,3% sobre o trimestre imediatamente anterior, contribuindo para o início do processo de desalavancagem da companhia. “A compra de ativos traz sinergias administrativas, melhores práticas de administração de custos, tudo isso contribui, junto com mais receita”, explicou.
Entre os destaques para o resultado estão as entradas do Hub Sergipe (antiga Celse) e da Termofortaleza (CGTF) no portfólio da companhia, cujas aquisições foram concluídas no segundo semestre de 2022 e não figuravam no resultado do primeiro trimestre daquele ano (adicionando R$ 347 milhões e R$ 124 milhões ao indicador, respectivamente).
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Também contribuiu a Comercializadora da Eneva, que agregou R$ 269 milhões ao Ebitda nesses primeiros três meses, por assinatura de contratos com clientes no mercado livre.
A empresa conseguiu também reduzir a alavancagem (dívida líquida/Ebitda) de 4,8 vezes no último trimestre para 4,6 vezes no primeiro trimestre do ano. “A meta da alavancagem é chegar em torno dos 3 vezes, em linha com o setor, o mercado tem cobrado”, disse o executivo.
As exportações de energia a partir do Complexo Parnaíba (MA) para a Argentina gerou Ebitda de R$ 39 milhões, enquanto a Usina Termelétrica (UTE) Jaguatirica II, em Roraima, contribuiu com R$ 69 milhões. Outro marco atingido pela empresa foi o início dos testes de energização do Complexo Solar Futura, em Juazeiro, na Bahia, que entrará em operação comercial em breve. contato:[email protected]