O economista-chefe do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Huw Pill, reafirmou, em discurso nesta quinta-feira, que a flexibilização fiscal, anunciada sexta-feira passada pela primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, levará a uma resposta de política monetária significativa em novembro.
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“O compromisso do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) em atingir a meta da inflação é inabalável. O MPC fará uma avaliação abrangente da situação macroeconômica e monetária antes de nossa próxima reunião no início de novembro”, destacou. Pill também comentou que o MPC não está indiferente à reprecificação de ativos dos últimos dias e que está monitorando a evolução dos mercados financeiros. “Durante a última semana, houve uma significativa reprecificação de ativos financeiros.
Quando novas informações – como uma mudança nas perspectivas de médio prazo para a política fiscal – são divulgadas, espera-se que os ativos relevantes – neste contexto, títulos do governo – sejam reavaliados”, destacou.
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No entanto, o banqueiro central destaca que a intervenção dos Gilts, anunciada ontem, não foi uma operação de política monetária. “A intervenção é direcionada em um segmento de mercado onde os problemas estavam surgindo e foi feita para facilitar ajustes de estruturas que ameaçavam gerar disfunção”, explicou.
“O BoE obviamente tem interesse em manter mercados ordenados e em bom funcionamento que suportem a formação saudável de preços. Também tem uma responsabilidade estatutária pela estabilidade financeira. Ele leva essa responsabilidade muito a sério”, completou.