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Bolsas da Europa fecham em queda após Reino Unido defender plano fiscal

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,67%, em 382,89 pontos

Bolsas da Europa fecham em queda após Reino Unido defender plano fiscal
Bolsa de Valores de Milão 25/02/2020 REUTERS/Flavio Lo Scalzo

O mercado acionário da Europa fechou em baixa considerável nesta quinta-feira, no caso de Milão de mais de 2%. A abertura já foi negativa e o quadro piorou após a primeira-ministra do Reino Unido, Liz Truss, defender seu plano fiscal, mal recebido na semana passada pelos mercados. Indicadores e discursos do Banco Central Europeu (BCE) também estiveram no radar, com a fraqueza de Nova York mais para o fim do pregão também influindo.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em queda de 1,67%, em 382,89 pontos.

Truss rejeitou críticas do Fundo Monetário Internacional (FMI) ao pacote de cortes de impostos e disse estar disposta a tomar “decisões difíceis” para ajudar a economia do país a se recuperar. A libra tocou mínima histórica nos últimos dias e os juros dos bônus do Reino Unido (gilts) tiveram forte alta, nas máximas desde 2008, após o anúncio dos planos do novo governo. A High Frequency Economics, por exemplo, comenta que o plano fiscal, caso implantado, aumentará o déficit em conta corrente. A Western Union destaca que a iniciativa pode piorar a inflação já elevada e levar a juros “substancialmente mais altos no Reino Unido, um ambiente duro para a economia crescer”.

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A Oxford Economics, por sua vez, avaliava o quadro na zona do euro. Segundo ela, dados de alta frequência sugerem que a recente força do consumo na região não deve durar. Indicadores recentes apontam que os gastos em serviços discricionários, como restaurantes, estão em queda. A Oxford ainda diz que a renda real fraca e a piora no mercado de trabalho devem conter as pressões inflacionárias, mas o Banco Central Europeu (BCE) seguirá com sua “missão de combater agressivamente a inflação atual”.

Na agenda de indicadores, o índice de sentimento econômico da zona do euro recuou de 97,3 pontos em agosto a 93,7 em setembro, na mínima desde novembro de 2020. Analistas previam 96,0. Entre os dirigentes do BCE, vários defenderam mais aperto monetário. Madis Muller, por exemplo, falou em alta “significativa” dos juros em outubro, sem citar números. O vice do BCE, Luis de Guindos, disse que as políticas fiscais não podem provocar inflação e precisam ser temporárias, por coincidência ou não, no momento em que a questão está em foco no Reino Unido.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 1,77%, em 6.881,59 pontos.

Em Frankfurt, o índice DAX recuou 1,71%, a 11.975,55 pontos.

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Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 caiu 1,53%, a 5.676,87 pontos. O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, fechou em queda de 2,40%, em 20.352,98 pontos.

Em Madri, o IBEX 35 registrou baixa de 1,91%, a 7.300,10 pontos.

Na Bolsa de Lisboa, o PSI 20 caiu 1,72%, a 5.292,38 pontos.

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