As ações do Banco do Brasil (BBAS3) operam sem direção nesta terça-feira (20) em dia que o Ibovespa oscila com volatilidade entre perdas e ganhos. Por volta das 11h26min (de Brasília), as ações do Banco do Brasil caíam 0,21%, a R$ 29,07. No mesmo horário, o Ibovespa cedia 0,31%, a 135.362,72 pontos.
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O Banco do Brasil é o quinto ativo de maior peso no Ibovespa, com uma participação de 3,766% da carteira. A empresa fica atrás apenas de Vale (VALE3) Petrobras (PETR4) Itaú (ITUB4) e Petrobras (PETR3).
Segundo os analistas do Itaú BBA, o Ibovespa passou por uma tendência de alta no curto prazo. Os analistas comentam que o índice “venceu mais uma batalha” no dia anterior marcando nova máxima histórica e a maioria dos índices setoriais da B3 como SMLL, INDX, IEEX, ICON e IFCN superaram a máxima da semana passada.
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Os especialistas dizem que a questão do mercado internacional foi outro vento a favor nos últimos dias, com os dois principais índices americanos SP500 e Nasdaq superaram a máxima obtida em 1º de agosto, diminuindo a pressão vendedora. “Depois de um rali de duas semanas, o mercado continua esticado e mostra até o momento força de que pode continuar a subida”, dizem Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, que assinam o relatório do BBA.
Os analistas calculam que o Ibovespa pode chegar aos 150 mil pontos no cenário mais otimista, uma alta de 10,47% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), quando o indicador encerrou o pregão a 135.778 pontos. Já para o cenário pessimista, o Itaú BBA estima uma queda de 5,74% para a casa dos 128.400 pontos.
O que o Itaú BBA diz sobre o Banco do Brasil?
O Itaú BBA reiterou sua classificação de market perform, desempenho dentro da média do mercado, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3). A classificação equivale a recomendação neutra. Os analistas comentam que apesar de a companhia ainda ter uma rentabilidade, medida pelo Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) acima de 20%, os lucros de curto prazo devem permanecer lateralizados e sem grandes crescimentos.
Essas estimativas de lucro sem grandes crescimentos devem acontecer pelo fato da empresa apresentar uma margem financeira não tão grande para superar as maiores provisões de uma forma que faça o lucro crescer acima do esperado. Na visão dos analistas, a margem do BB enfrenta desafios de mix de crédito devido ao maior crescimento em agronegócio e pequenas e médias empresas, impactos adversos do maior portfólio renegociado e comparações difíceis do forte primeiro semestre do Banco Patagonia.
A companhia revisou o crescimento de sua margem financeira de 7% e 11% para uma alta de 10% e 13%. No acumulado do primeiro semestre de 2024 do BB, a margem financeira bruta do Banco do Brasil acumula uma alta de 16,4%. “Portanto, a revisão para cima da margem financeira parece ter sido mais impulsionada pelo desempenho do primeiro semestre e uma perspectiva de Selic mais alta, e menos pela dinâmica do crédito”, dizem Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barranjard, que assinam o relatório do Itaú BBA.
Banco do Brasil está descontado e com bons dividendos
Os analistas até aceitam que o Banco do Brasil está sendo negociado a um preço descontado, com a métrica Preço sobre Lucro (P/L) estimado para 2025 em 4 vezes. A equipe do Itaú BBA estima que o banco deve pagar cerca de 10% do seu valor de mercado em dividendos nos próximos 12 meses. Ainda assim, a recomendação não é de compra.
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“Vemos um fraco momento de lucros impedindo que as ações sejam reclassificadas. Nossa classificação de market perform se mantém. Reiteramos a preferência relativa pelo Bradesco e Santander Brasil em grandes bancos – também descontados em relação ao seu histórico, mas com uma direção positiva do ROE”, dizem os especialistas.
O Itaú BBA calcula um preço-alvo de R$ 31 para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), uma alta de 6,41% na comparação com o fechamento de segunda-feira (19), dia em que o papel terminou o pregão a R$ 29,13.