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Nomeado para comandar Banco do Japão diz que inflação irá desacelerar

Em janeiro, a taxa anual do núcleo da inflação ao consumidor (CPI) japonês atingiu o maior nível desde 1981

Nomeado para comandar Banco do Japão diz que inflação irá desacelerar
Homem de máscara protetora passa pela sede do Banco do Japão em meio ao surto de Covid-19 em Tóquio, Japão, em 22 de maio de 2020. REUTERS/Kim Kyung-Hoon

Nomeado para ocupar a presidência do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda previu nesta sexta-feira que a inflação japonesa logo voltará a desacelerar, após renovar máxima em 41 anos, e disse não acreditar que elevar juros seja necessário.

Em janeiro, a taxa anual do núcleo da inflação ao consumidor (CPI) japonês atingiu 4,2%, o maior nível desde setembro de 1981. Foi o décimo mês seguido em que a inflação superou a meta do BoJ, de 2%.

Ueda, que foi indicado este mês para ser o próximo presidente do banco central japonês, previu que a inflação alta não persistirá e disse que o BoJ deve seguir adiante com sua política monetária ultra-acomodatícia.

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“Esse deverá ser o pico, por enquanto”, disse Ueda, durante audiência de confirmação no Parlamento japonês, acrescentando que espera ver a inflação abaixo de 2% por volta de meados do próximo ano fiscal, que terá início em abril.

Em seus primeiros comentários desde a nomeação, Ueda disse que a inflação no Japão foi impulsionada por fatores externos, como o salto nos preços de energia. Ueda, uma ex-professor de economia da Universidade de Tóquio que integrou o comitê de política do BoJ entre 1998 e 2005, foi nomeado para um mandato de cinco anos, em substituição a Haruhiko Kuroda, que fica no cargo até abril.

Em seu testemunho parlamentar, Ueda disse que o Japão ainda precisa de tempo para atingir inflação de 2% de forma sustentável. Ele ressaltou ainda que foi feito progresso nesse sentido durante o mandato de Kuroda.

“Gostaria de aproveitar esses cinco anos para finalmente concluir a missão de alcançar preços estáveis, que tem sido um projeto de muitos anos tanto para o Banco do Japão quanto para mim”, disse Ueda.

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Embora tenha dito que ainda é muito cedo para discutir uma saída da acomodação monetária, Ueda deu algumas dicas sobre o que faria se o BoJ alterasse sua política – algo que muitos analistas esperam ver este ano.

“Se nos aproximarmos da inflação de 2%, o banco pode dar um passo no sentido de normalizar sua política monetária”, disse Ueda. As opções incluiriam aumentar os juros pagos sobre reservas que os bancos comerciais mantêm no BoJ e controlar o rendimento de títulos do governo (JGBs) com prazo mais curto do que os atuais 10 anos, disse ele.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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