Banco Inter (INBR32) lucra R$ 336 milhões no 3T25, com alta de 39% e ROE de 14,2%
Crescimento da base de clientes, avanço da carteira de crédito e melhora na eficiência operacional impulsionam o resultado do Inter, que segue em trajetória sólida de expansão e rentabilidade
Banco Inter: lucro líquido de R$ 336 milhões no 3T25 reflete expansão da carteira de crédito e avanço da eficiência operacional. (Foto: Adobe Stock)
O banco Inter (NASDAQ: INTR; B3: INBR32), divulgou nesta quinta-feira (13) os resultados referentes ao terceiro trimestre de 2025, antes da abertura dos mercados. Após a divulgação do balanço, as ações do Inter subiam 1,11% no pré-mercado da Nasdaq, pouco antes das 9h (horário de Brasília), refletindo o otimismo dos investidores com o desempenho da companhia.
De acordo com o comunicado, o banco registrou lucro líquido de R$ 336 milhões (US$ 63,2 milhões) no trimestre, já excluindo a participação de minoritários – alta de 38,6% na comparação anual e de 6,7% frente ao trimestre anterior. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) alcançou 14,2%, avanço de 2,9 pontos percentuais em 12 meses. No mesmo período, o volume de ativos cresceu 31,3%, totalizando R$ 91,8 bilhões, enquanto o patrimônio líquido avançou 10,6%, para R$ 9,8 bilhões.
O desempenho foi impulsionado pelo aumento expressivo na base de clientes e pela expansão da carteira de crédito. O Inter adicionou 1,2 milhão de novos clientes ativos no trimestre, atingindo 24 milhões de usuários ativos. Já a carteira de crédito totalizou R$ 43,8 bilhões, alta de 30% em relação ao ano anterior, o triplo da média do mercado brasileiro. Com isso, a margem financeira líquida da carteira remunerada subiu para 9,28%, ante 8,68% há um ano, enquanto a margem financeira líquida ajustada ao risco avançou 0,5 ponto percentual, para 5,6%.
Mesmo com o crescimento acelerado, o Inter manteve indicadores saudáveis de qualidade dos ativos. O custo de risco ficou em 5,4%, ante 4,9% no mesmo trimestre de 2024, e a inadimplência acima de 90 dias caiu 0,6 ponto percentual, para 4,5%. A receita bruta total atingiu R$ 3,98 bilhões, alta de 48,2% na base anual, enquanto a receita com serviços e comissões subiu 4,3%, para R$ 628 milhões. A eficiência operacional também melhorou: o índice de eficiência recuou cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior, chegando a 45,2%.
“Dez anos após o lançamento da primeira conta digital no Brasil, construímos um ecossistema que entrega valor consistente aos nossos clientes e reflete uma estratégia disciplinada para rentabilidade sustentável”, afirmou João Vitor Menin, CEO Global do Inter&Co.
Segundo ele, a empresa tem um “caminho claro para alcançar 60 milhões de clientes, um índice de eficiência de 30% e um ROE de 30%”, metas que reforçam a escalabilidade do modelo de negócio.
O CEO do Inter no Brasil, Alexandre Riccio, destacou a força do crescimento da carteira de crédito. “Nossa carteira total cresce três vezes mais rápido que o mercado, o que comprova a execução digital consistente e o sucesso da nossa oferta de Consignado Privado”, afirmou. Ele acrescentou que a abordagem “Inter by Design”, centrada na experiência do cliente e na inovação, tem sido decisiva para expandir o alcance e a rentabilidade da operação.
Riccio também ressaltou o equilíbrio entre crescimento e controle de custos. “Nossa execução disciplinada nos permite investir de forma estratégica sem comprometer a rentabilidade”, disse. “Atingimos um índice de eficiência de 45,2% e um ROE de 14,2%, resultado do compromisso das nossas equipes em construir valor sustentável a longo prazo.”