O Banco Pine diminuiu marginalmente a sua projeção para o IPCA de 2023, de 5,7% para 5,6%, devido à percepção de inércia inflacionária “relativamente menor”. Apesar da revisão baixista este ano, a casa aumentou a projeção para 2024 (4,1% para 4,3%), devido à expectativa de mais inflação em alguns preços administrados.
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Em relatório, o economista-chefe do Pine, Cristiano Oliveira, afirma que o Banco Central deve começar a reduzir a taxa Selic, hoje em 13,75%, em agosto, 11,75% no fim de 2023. Em 2024, o espaço para cortes adicionais nos juros devem ser limitados, e a taxa deve encerrar o ano que vem em 10,75%, conforme o cenário do banco.
“A deflação de preços no atacado, a recente apreciação da taxa de câmbio e o recuo das expectativas para a inflação para 2023, tanto da pesquisa Focus quanto na implícita dos preços de mercado, também devem contribuir na avaliação que o BC faz da economia e dos riscos altistas e baixistas para a inflação. Além disso, antecipamos que as projeções próprias do BC também devem apresentar recuo”, diz Oliveira.
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O analista acrescenta que a desancoragem das expectativas de inflação do mercado para prazos mais longos é explicada pelos questionamentos com relação ao centro da meta de inflação feitos no início do ano por membros do governo. Por isso, Oliveira vê espaço para queda das expectativas caso o Conselho Monetário Nacional (CMN) mantenha o centro da meta em 3% na sua reunião de junho.