O Bank of America (BofA) reitera recomendação de compra para a Cosan (CSAN3) e avalia que a empresa é uma “história única de reviravolta e desalavancagem na América Latina”, com um potencial de valorização de 86% com preço-alvo de R$ 11 por ação. Segundo o banco, a Cosan está implementando medidas para melhorar as operações e reduzir a dívida, e o potencial aumento de capital na Raízen (RAIZ4) poderia desbloquear valor.
Em relatório, os analistas Isabella Simonato, Julia Zaniolo e Rogério Araújo destacam que a Cosan tem abordado o seu balanço patrimonial alavancado (como gestão de passivos e venda de participação na Vale) e questões operacionais, principalmente na Raízen (como mudanças na gestão e venda de ativos). No entanto, ressaltam, as altas taxas de juros e o timing permanecem como desafios, e as ações da Cosan caíram 27% no acumulado do ano.
Apesar disso, a equipe diz acreditar que o cenário está prestes a mudar.
“Um potencial aumento de capital na Raízen poderia desbloquear valor ao trazer um novo acionista estratégico para a Cosan, o que eventualmente poderia resultar em acréscimo”, escrevem os profissionais.
Eles acrescentam que realizaram uma análise de sensibilidade para a Cosan com base em um aumento de capital na Raízen variando de R$ 10 bilhões a R$ 15 bilhões sem participação da companhia. “Se feito ao preço atual das ações, a diluição para a Cosan seria de 2% para R$ 5,6 bilhões”, um valor considerado justo pelo BofA. Mas mesmo considerando a diluição, se a Raízen fosse precificada na Cosan, isso implicaria um potencial de valorização de até 50%, enfatiza o banco.