O Bitcoin (BTC) tem se aproximado da cotação histórica de US$ 100 mil nesta sexta-feira (22). Segundo dados da plataforma CoinGecko, a criptomoeda mais famosa do mundo sobe 1,4% nas últimas 24 horas, cotada a US$ 99.219,05. O movimento reflete o interesse dos investidores pelo ativo após a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos.
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Ao longo de sua campanha, o republicano prometeu flexibilizar a regulação para o mercado de criptomoedas, o que deve criar um ambiente mais favorável para a indústria. Trump expressou o desejo de tornar os Estados Unidos a “capital mundial dos criptoativos” e até sugeriu a criação de uma reserva nacional de Bitcoin, o que poderia aumentar significativamente a demanda pelo ativo.
Segundo informações da Reuters, a futura administração do republicano tem avançado nos preparativos para criar uma espécie de conselho consultivo sobre criptomoedas. Várias empresas do setor, incluindo Ripple, Kraken e Circle, estão disputando uma vaga no conselho prometido por Trump, buscando ter voz ativa em sua planejada reformulação da política dos Estados Unidos.
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“O Bitcoin é um ativo que se movimenta muito pelo noticiário e tem seu preço baseado basicamente na demanda, então a expectativa de maior facilidade nessa negociação tende a sustentar altas”, observa Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad.
Ela relembra que diferentes notícias desta semana contribuem para alta da criptomoeda. Uma delas é o anúncio de que Gary Gensler, atual presidente da Securities and Exchange Commission (SEC) – a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana –, irá renunciar ao cargo em 20 de janeiro, mesmo dia em que Trump assumirá a presidência dos Estados Unidos. Gensler era visto como um grande defensor de uma regulação mais rígida para o setor de criptoativos.
Na terça-feira (19), a nomeação de Howard Lutnick, um conhecido defensor do Bitcoin, para chefiar o Departamento de Comércio do país, também reforçou as expectativas de uma facilitação do ambiente regulatório.
O movimento de alta da criptomoeda tem sido sustentado ainda por movimentos mais concretos do mercado. O lançamento de ETFs (fundos de índice) de Bitcoin nos Estados Unidos foi um marco importante, pois proporcionou maior legitimidade ao universo cripto e atraiu investidores institucionais de peso, como a BlackRock. Mostramos nesta reportagem como, desde o resultado das eleições presidenciais americanas até a última quarta-feira (20), os ETFs de Bitcoin à vista registraram um fluxo positivo de US$ 6,2 bilhões, a partir de informações da Sosovalue, plataforma de dados de criptomoedas.
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Com todos esses fatores contribuindo para o recente ali, a criptomoeda parece próxima de alcançar a marca de US$ 100 mil. “Ao analisar o fluxo financeiro injetado no Bitcoin, é possível observar que o preço está trabalhando acima do alto volume que se formou na faixa dos US$ 93.000 – o que significa que a força permanece compradora. Se houver continuidade da alta, o preço do Bitcoin poderá atingir a marca dos U$ 100.000 a U$ 105.000 por unidade – um nível de preço psicológico importante para o mercado”, avalia Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio.
A especialista pondera, no entanto, que comprar Bitcoin em seu pico histórico pode expor o investidor a riscos elevados, especialmente considerando a volatilidade inerente ao mercado cripto. Ela recomenda aguardar por correções e analisar cuidadosamente os níveis de suporte e resistência – práticas que podem proporcionar pontos de entrada mais seguros e potencialmente mais lucrativos.
Outras criptomoedas também sobem
Outras criptomoedas também se valorizado nos últimos dias, acompanhando o movimento do Bitcoin. Conforme explicamos nesta matéria, por ser a maior moeda do segmento de criptoativos, o BTC tende a influenciar o restante do mercado.
Ripple (XRP) e Cardano (ADA) têm ganhos de 29,7% e 21,6%, respectivamente, nas últimas 24 horas, cotados a US$ 1,46 e US$ 0,9715, na esteira da valorização do Bitcoin. Já Ethereum (ETH) e Solana (SOL) corrigem as altas recentes e recuam 1,1% e 1,2%, respectivamente, a US$ 3.305,84 e US$ 255,04.
