O Citi espera aumento de vendas no primeiro trimestre de 2025 (1T25) da Boa Safra (SOJA3), maior multiplicadora de sementes do Brasil, com 8,5% de participação de mercado, principalmente por causa do aumento na carteira de pedidos, conforme divulgado nos resultados do 4T24.
“No entanto, considerando as menores margens brutas do período (provocada por efeitos sazonais) e as maiores despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A), à medida que a empresa aumentou sua equipe de vendas, esperamos que a Boa Safra registre um Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) Ajustado negativo”, disseram em relatório os analistas do banco, Gabriel Barra e Pedro Gama.
Nesse sentido, o Citi reduziu o preço-alvo da Boa Safra para R$ 13,50, mas manteve recomendação de compra para as ações da companhia. A Boa Safra divulgará seus resultados do 1T25 em 12 de maio. Às 12h17 (de Brasília), as ações da empresa caíam 4,20%, a R$ 10,04.
O Citi destacou que o primeiro semestre do ano não é tão relevante para o resultado do ano inteiro da Boa Safra, uma vez que a maior parte dos pedidos relacionados à safra de soja ocorre no segundo semestre do ano em virtude da época de plantio.
O Citi espera que a Boa Safra registre R$ 118 milhões de receita líquida, Ebitda Ajustado negativo de R$ 21 milhões e lucro líquido ajustado negativo de R$ 33 milhões, durante o 1T25.
“Mantemos nossa visão de que a Boa Safra deve apresentar um resultado melhor em 2025, visto que há bons indícios de uma possível recuperação: 1) boa produtividade da soja nos campos da empresa e potencial melhor qualidade do grão; 2) maior capacidade de produção e uma grande equipe de vendas, para suportar o potencial maior volume de vendas; e 3) margem maior para o produtor na safra 2024/25, o que pode gerar um alto incentivo para investir mais em seus campos, melhorando o mix de vendas da Boa Safra”.
Em contrapartida, “reduzimos nossa projeção de vendas de outras culturas para esta safra, considerando que a empresa envidará esforços para aumentar as vendas de sementes forrageiras por sua subsidiária SBS Green Seeds, que não devem ser consolidadas durante este ano, enquanto aumentamos nossas despesas com vendas, gerais e administrativas, pois, em nossa visão, a Boa Safra (SOJA3) precisará desembolsar mais para cumprir sua estratégia de diversificar sua carteira de clientes e reduzir o risco de inadimplência em seus recebíveis”.