O Bank of America (BofA) elevou o preço-alvo das ações da BRF (BRFS3) de R$ 28 para R$ 29, impulsionado pelo enfraquecimento do real e pela alta recente dos preços do frango no Brasil. O relatório, assinado pelas analistas Isabella Simonato e Julia Zaniolo, mantém a recomendação “neutra” para o papel, que fechou cotado a R$ 23,52 no pregão de sexta-feira passada.
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De acordo com o BofA, a expectativa é de que o real tenha um valor médio de R$ 6,11 em 2025, frente à projeção anterior de R$ 5,62, o que afetará positivamente os resultados da BRF. Além disso, o aumento nos preços do frango, impulsionado pela menor oferta de carne bovina, também favorece a companhia. “Esperamos que o momento sólido de ganhos persista no primeiro semestre de 2025, mas assumimos uma inflexão nas margens a partir do segundo semestre, com a aceleração da oferta de frango”, destacaram as analistas no relatório.
Elas apontam que, apesar dos desafios esperados na segunda metade do ano, a menor disponibilidade de carne bovina pode sustentar a demanda e os preços do frango. Além disso, fatores como menor taxa de eclosão de ovos e maior mortalidade de aves podem limitar um aumento significativo na produção. A sazonalidade também terá influência. “Os preços do frango nos EUA caíram cerca de 20% no quarto trimestre de 2024, mas estão subindo no Brasil devido aos preços mais altos da carne bovina”, explicou o BofA no documento.
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O cenário de oferta e demanda de frango no Brasil continuará sendo um tema central em 2025, segundo o BofA, que reconhece que os custos baixos de ração e uma oferta apertada mantiveram as margens dos produtores em níveis elevados ao longo de 2024, praticamente o dobro do registrado em 2023.