

O boletim Focus do Banco Central (BC) atualizou, nesta segunda-feira (31), as projeções para indicadores da economica, como Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e taxa Selic.
A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 se estabilizou em 5,65%, após duas semanas de queda. Está 1,15 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Um mês antes, também estava em 5,65%. Considerando só as 57 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana passou de 5,66% para 5,64%.
A projeção para o IPCA de 2026 se estabilizou em 4,50% – colada ao teto da meta -, após duas semanas seguidas de alta. Um mês antes, estava em 4,40%. Considerando apenas as 55 expectativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, também permaneceu em 4,50%.
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O Banco Central espera que o inflação brasileira some 5,1% em 2025 e 3,7% em 2026, conforme a trajetória divulgada no Relatório de Política Monetária (RPM) na última quinta-feira. A autarquia trabalha com o terceiro trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária, mas o período deve mudar na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 6 e 7 de maio.
O colegiado já aumentou a taxa Selic em 3,75 pontos porcentuais desde setembro, para 14,25%, incluindo uma rápida elevação de 3 pontos entre dezembro e março. Na ata da sua última reunião, do dia 19, o Copom indicou que deve elevar os juros novamente em maio, embora com uma alta inferior a 1 ponto porcentual.
A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulada em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela sexta semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 se estabilizou em 3,78%. Um mês antes, era de 3,75%.
Projeções do Focus para Selic
A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela 12ª semana seguida, sugerindo que os juros terão de subir mais 0,75 ponto porcentual.
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Considerando apenas as 68 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa intermediária para a taxa básica de juros no fim de 2025 também permaneceu em 15,0%.
Com isso, o mercado espera que a Selic suba ao maior nível desde maio de 2006, no primeiro governo Lula, quando o Copom cortou a taxa de 15,25% para 14,75%. Nessa época, os juros estavam em queda depois de terem atingido 19,75% em maio de 2005, um dos maiores patamares do século 21.
No último ciclo de comunicações, o Copom disse que, para além de maio, a magnitude total do ciclo será ditada pelo seu “firme compromisso de convergência da inflação” e dependerá da evolução do cenário.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou na última quinta-feira (27) que o comitê quer reunir a maior quantidade de informações possível para ganhar confiança sobre o processo de convergência.
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“Querer garantir esse grau de liberdade sem um guidance significa que a gente quer continuar reunindo informações para ir analisando, reunindo essas informações a partir de um cenário de pós elevação da taxa de juros do patamar que nós temos”, disse Galípolo, durante entrevista coletiva para comentar o Relatório de Política Monetária (RPM), que substituiu o Relatório Trimestral de Inflação (RTI).
A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela nona semana consecutiva. Mas, levando em conta apenas as 65 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, subiu de 12,50% para 12,75%.
A estimativa intermediária do boletim Focus para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela sétima semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 14ª semana consecutiva.
* Com informações do Broadcast
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