Os mercados acionários da Europa exibem ganhos em geral robustos nas primeiras horas do pregão desta quinta-feira (14), com Londres em alta de cerca de 2%. Frankfurt mostra menos impulso, mas o sinal positivo prevalece após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) manter juros e sinalizar cortes em 2024 nos Estados Unidos, na quarta-feira (13).
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A postura de ontem no Fed apoia a tomada de risco no continente, já que o relaxamento monetário nos EUA pode beneficiar a atividade global. Na região, agora a expectativa fica por conta das decisões de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) e do Banco Central Europeu (BCE).
- Veja também: Bolsas da Ásia: nem decisão de juros nos EUA segura queda nos mercados
O mercado espera que o BoE mantenha sua taxa, às 9h, e que o BCE faça o mesmo às 10h15. O foco estará na comunicação, com investidores em busca de pistas sobre quando podem começar o corte de juros nessas instituições. A companhia financeira Hargreaves Lansdown diz esperar mais declarações dovish (tendência de redução da taxa de juros) de banqueiros centrais, após a última decisão do Fed.
Já o banco de investimentos Berenberg afirma que, no caso do BoE, a expectativa é de que sejam rechaçadas sinalizações de cortes nos juros, mas há um debate entre analistas sobre se essa postura de taxas altas por mais tempo pode ser mantida.
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No caso do BCE, o TD Securities, também banco de investimentos, diz que não aposta em grande mudança na sinalização, com manutenção dos juros, mas acrescenta que as projeções devem apontar para números menores tanto na inflação quanto no crescimento da zona do euro.
O pregão
Às 7h35 (horário de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 operava em alta de 2,25%, em 480,27 pontos. Às 7h03 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 2,27%, Frankfurt avançava 0,76%, Paris ganhava 1,44%, Milão operava em alta de 0,43% e Lisboa, de 1,08%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,0899 e a libra tinha alta a US$ 1,2664.
O setor de energia tende a estar apoiado nesta quinta-feira nos ganhos de mais de 1% do petróleo. A ação da BP subia 1,62% em Londres, Iberdrola avançava 1,45% e Repsol, 0,87%, em Madri, enquanto Eni ganhava 0,09% em Milão.