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Bolsas da Ásia fecham em baixa, seguindo temor em NY por inflação

As bolsas chinesas subiram em meio ao processo de reabertura da economia local, após lockdown em Xangai

Bolsas da Ásia fecham em baixa, seguindo temor em NY por inflação
Resultados das principais bolsas da Ásia. Reuters/Aly Song

Por Gabriel Caldeira – Os mercados acionários asiáticos fecharam quase todos em baixa nesta quinta-feira, na esteira do recuo das bolsas de Nova York ontem, em sessão na qual os negócios foram contaminados por temores de que a inflação e o aperto monetário global segurem o crescimento econômico das principais potências econômicas mundiais. Exceção hoje, os mercados da China terminaram o dia em alta.

O índice acionário Xangai Composto avançou 0,42%, a 3.195,46 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto teve alta de 0,69%, a 2.026,51 pontos. Em outras praças asiáticas, o Nikkei, de Tóquio, registrou queda de 0,165, aos 27.413,88 pontos, o Hang Seng, de Hong Kong, recuou 1,00%, aos 21.082,13 pontos, enquanto o Taiex teve baixa de 0,73% em Taiwan, aos 16.552,57 pontos. Na Coreia do Sul, o índice Kospi também cedeu 1,00%, aos 2.658,99, no dia seguinte a um feriado local que manteve a bolsa fechada.

O mau humor na Ásia seguiu o movimento em Wall Street ontem. Investidores seguem temerosos com o aperto monetário nas principais economias do mundo, em um momento em que o crescimento também preocupa o mercado.

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Também no foco do mercado está a reunião mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que pode decidir aumentar sua cota de produção para julho. De acordo com o analista da City Index Matt Simpson, em comentários à Reuters, um aumento da oferta pode “relaxar parte dos temores inflacionários, mesmo que ainda haja muito mais trabalho a fazer para combater” a alta nos preços.

Único dentre os principais mercados asiáticos a não ser contaminado pelo mau humor em Nova York, as bolsas chinesas subiram em meio ao processo de reabertura da economia local, após meses de lockdown em Xangai, e após a Fitch reafirmar o rating soberano de longo prazo do país em ‘A+’ e manter a perspectiva estável. Segundo a agência, “finanças externas robustas, um histórico de desempenho macroeconômico resiliente e o tamanho” da segunda maior economia global puxam a classificação.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 fechou em baixa de 0,80%, aos 7.175,90 pontos, em linha com o movimento de seus pares asiáticos.