

O Exchange Traded Fund (ETF) do Ibovespa hoje opera em leve alta no mercado futuro de Nova York nesta segunda-feira (28). Os principais índices futuros americanos negociam em leve queda em meio às incertezas da guerra comercial e a temporada de balanços. Na Europa, os principais indicadores subiam também de olho nos balanços corporativos.
Às 07h06min, o ETF do principal indicador da Bolsa de Valores brasileira no mercado futuro subia 0,22%, a 27 pontos. Por volta das 8h, os índices futuros de Nova York operavam em leve queda, com S&P 500 recuando 0,30%, Dow Jones caindo 0,22% e o Nasdaq futuro tinha baixa de 0,27%. Ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um novo plano de redução de impostos, que terá como foco os americanos que ganham menos de US$ 200 mil por ano.
O programa será financiado pela arrecadação com as tarifas sobre importações ao país, terá como foco os americanos que ganham menos de US$ 200 mil por ano. Segundo ele, a proposta prevê que, com a implementação total das tarifas, “os impostos de renda de muitas pessoas serão substancialmente reduzidos, talvez até completamente eliminados”.
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Além disso, o presidente americano afirmou que “o serviço de renda externa está acontecendo!” nos Estados Unidos, com a adoção das tarifas recíprocas. Anteriormente, Trump se referiu ao valor arrecadado com as sobretaxas como “Serviço de Receita Externa”, em alusão ao Serviço Interno de Receita (IRS, na sigla em inglês). Ao contrário do IRS, segundo o republicano, este novo sistema ajudaria a reduzir os impostos internos para os cidadãos americanos, utilizando os recursos vindos “de outros países”.
A questão do embate comercial entre EUA e China segue no radar. O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, disse ontem acreditar na possibilidade de que Washington e Pequim cheguem a um acordo em relação às tarifas, mas não confirmou se o presidente Donald Trump teve algum diálogo recente com o líder chinês, Xi Jinping.
Na sexta-feira (25), Trump também disse que as negociações com o Japão estão muito bem, e que está perto de um acordo com Tóquio. “Os acordos comerciais estão indo bem, vamos fechar bons acordos”, disse, ao mencionar que o plano tarifário americano está “indo muito bem” e que os EUA ficarão “muito ricos”.
No cenário corporativo, o mercado deve ficar atento aos balanços das empresas de tecnologia, como Apple, Microsoft, Amazon e Meta Platforms. No Brasil, teremos o balanço da Gerdau (GGBR4) durante o dia, o que pode impactar o Ibovespa hoje. Ao longo da semana, teremos outras empresas, como Iguatemi (IGTI11), Marcopolo (POMO4) e Santander (SANB11).
Bolsas europeias sobem mais que o Ibovespa hoje
As bolsas europeias operam em alta na manhã desta segunda-feira, à medida que investidores reagem ao noticiário corporativo e aguardam balanços de uma série de grandes empresas da região e dos EUA. A agenda da Europa prevê nesta semana balanços de gigantes como HSBC, BP, Deutsche Bank e Shell.
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Na Itália, o banco Mediobanca lançou hoje uma oferta de 6,3 bilhões de euros pelo concorrente local Banca Generali. No horário acima, a ação do Banca Generali saltava 6,2% em Milão, enquanto a do Mediobanca subia 0,45%. Já em Londres, a Deliveroo disparava 17%, após a empresa britânica de delivery de alimentos se tornar alvo de uma proposta de aquisição pela americana DoorDash.
Às 8h17 (de Brasília), a Bolsa de Londres subia 0,06%, a de Paris avançava 0,60% e a de Frankfurt ganhava 0,45%. As de Milão e Madri, por sua vez, tinham altas de 0,25% e 0,21%, respectivamente. Na contramão, a de Lisboa caía 0,82%.
Ásia fecha sem direção com mercado ainda atento à guerra comercial
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta segunda-feira, 28, à medida que investidores mantêm a cautela em meio a incertezas sobre o embate comercial entre EUA e China.
O índice japonês Nikkei subiu 0,38% em Tóquio, a 35.839,99 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi teve leve avanço de 0,10% em Seul, a 2.548,86 pontos, o Taiex registrou ganho de 0,81% em Taiwan, a 20.034,41 pontos, e o Hang Seng ficou praticamente estável em Hong Kong, com baixa marginal de 0,04%, a 21.971,96 pontos.
Na China continental, os mercados ficaram no vermelho, apesar de recente promessa de líderes locais de acelerar a implementação de medidas de estímulo econômico. O Xangai Composto caiu 0,20%, a 3.288,41 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,93%, a 1.897,75 pontos.
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O presidente dos EUA, Donald Trump, alega que vem negociando a disputa tarifária com a China, enquanto Pequim categoricamente nega que tenha iniciado discussões a respeito. Com tarifas no centro das atenções, dados animadores da China ficaram em segundo plano: o lucro industrial chinês teve expansão anual de 2,6% em março, após queda de 0,3% vista no primeiro bimestre.
Como resultado, o lucro de grandes empresas industriais chinesas ao longo do primeiro trimestre subiu 0,8% ante igual período do ano passado. Na Oceania, a bolsa australiana garantiu o terceiro pregão consecutivo de ganhos, ao voltar de um feriado. O S&P/ASX 200 avançou 0,36% em Sydney, a 7.997,10 pontos. Para mais informações sobre o Ibovespa hoje, clique aqui.