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Bolsas de NY fecham em queda, após dados e alta de juros nos EUA

Bolsas de NY fecham em queda, após dados e alta de juros nos EUA
Foto: Envato Elements

As bolsas de Nova York fecharam em queda nesta quinta-feira, após a divulgação de dados que apontaram para a contínua resiliência do mercado de trabalho dos Estados Unidos. As perdas, no entanto, foram reduzidas à tarde, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), James Bullard, prevê arrefecimento da inflação em 2023.

No ajuste de fechamento, o índice Dow Jones caiu 1,02%, a 32.930,08 pontos; o S&P 500 perdeu 1,16%, a 3.808,10 pontos; e o Nasdaq baixou 1,47%, a 10.305,24 pontos.

Entre ações individuais, o papel da Bed Bath & Beyond despencou quase 30%, depois que a varejista disse ter dúvidas se conseguirá manter as operações, diante da significativa queda nas vendas. Já o da Amazon cedeu 2,37%, após a notícia de que a empresa cortará 18 mil postos de trabalho, mais do que o esperado anteriormente.

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Pela manhã, a ADP informou que o setor privado dos Estados Unidos gerou 235 mil empregos em dezembro. O resultado superou expectativas de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam geração de 153 mil vagas.

Os pedidos de auxílio-desemprego no país, por sua vez, caíram 19 mil na semana encerrada em 31 de dezembro, a 204 mil, segundo informado pelo Departamento do Trabalho dos EUA também durante a manhã.

Investidores entendem que os dados corroboram a ideia de que o Fed dispõe de espaço para continuar subindo juros, o que induziu um clima de cautela em Wall Street. “Na minha opinião, a guinada do Fed vai ocorrer quando os dados estiverem ruins, não quando o mercado sentir que o Fed já apertou o suficiente”, avalia o diretor de investimentos da Oak Associates, Robert Stimpson.

Em evento da CFA Society de St. Louis, o presidente da distrital do Fed em St. Louis, James Bullard, afirmou que a inflação nos EUA ainda está “muito alta”, mas deve recuar este ano. Segundo ele, a economia segue forte e os juros devem atingir nível “suficientemente restritivo”. “Esses fatores podem se combinar para fazer de 2023 um ano desinflacionário”, destacou, em declarações que reduziram a aversão ao risco em Wall Street.

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Mais cedo, comentários dos presidentes das distritais do Fed em Atlanta, Raphel Bostic, e em Kansas City, Esther George, haviam confirmado intenção da autoridade monetária de seguir com a alta dos juros.

A expectativa, agora, é pela divulgação do relatório de emprego do Departamento de Trabalho americano, o payroll, amanhã. Analistas esperam criação líquida de 210 mil vagas em dezembro, conforme a mediana das estimativas de 27 economistas consultados pelo Projeções Broadcast.

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