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Bolsas da Europa fecham em alta, após fortes perdas da semana passada

Em Frankfurt (foto), o DAX terminou o pregão com ganhos de 1,06%, aos 13.265,60

Resultado das principais bolsas de valores da Europa. REUTERS

Por Gabriel Caldeira – As bolsas europeias avançaram nesta segunda-feira, em dia de feriado em Nova York, o que tende a reduzir a liquidez nos mercados globais. Com isso, ações no Velho Continente se recuperaram parcialmente da queda robusta na semana passada, quando aumentos de juros por Federal Reserve (Fed) e Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), além da mudança do Banco Central Europeu (BCE) para uma postura mais hawkish, reforçaram temores de recessão.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,96%, aos 407,14 pontos. Em Londres, o FTSE 100 teve avanço de 1,50%, aos 7.121,81 pontos, apoiado pela alta de 7,76% da IAG. Em Frankfurt, o DAX terminou o pregão com ganhos de 1,06%, aos 13.265,60, enquanto o parisiense CAC 40 teve alta mais modesta, de 0,64%, aos 5.920,09 pontos, embora ambos tenham fechado nas máximas diárias. Já o índice FTSE MIB, de Milão, subiu 0,99%, aos 22.004,05 pontos. Nas praças ibéricas, o madrilenho IBEX 35 teve ganhos de 1,72%, aos 8.286,00 pontos, e o lisboeta PSI 20 subiu 2,01%, aos 5.999,87 pontos.

Apesar da recuperação das bolsas hoje, a retórica de dirigentes de bancos centrais segue agressiva. Presidente do BCE, Christine Lagarde afirmou que a entidade deve subir os juros em 25 pontos-base no mês que vem, antes de realizar outro aumento em setembro, possivelmente “maior”. Após as duas próximas reuniões do Comitê do BCE, um caminho de aumento gradativo dos juros é esperado, segundo ela.

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Lagarde também ressaltou que evitar a fragmentação na zona do euro é “precondição” para o sucesso da política monetária. Recentemente, o aumento dos spreads de juros da periferia da zona do euro elevaram riscos de uma nova crise da dívida no bloco, o que fez o BCE acelerar esforços pela criação de um instrumento que contenha a fragmentação. A dirigente ainda alertou para os riscos de recessão na região.

No Reino Unido, a membro externa do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do BoE Catherine Mann disse que um aumento mais agressivo do juro poderia conter a depreciação da libra, que por si só tem efeitos inflacionários sobre a economia. Os comentários vieram após ela divergir da maioria do MPC e votar por uma elevação do juro de meio ponto porcentual na semana passada.

Nos EUA, durante o fim de semana, o membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) Christopher Waller afirmou que apoiará um novo aumento de 75 pontos-base na taxa dos Fed funds, caso a situação da economia americana até a última semana de julho corresponda às suas expectativas.

Entre indicadores, o índice de inflação ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha avançou 33,6% em maio, maior aceleração anual da série histórica. Segundo o Commerzbank, não há prazo para o fim das pressões inflacionárias aos produtores alemães.

Na seara política, a França realizou eleições parlamentares neste domingo, que marcaram a perda de 44 cadeiras da aliança governista que apoia o presidente Emmanuel Macron. Com isso, o governo recém reeleito perdeu a maioria absoluta no Parlamento. O Rassemblement National, partido da ex-candidata de extrema direita à presidência Marine Le Pen, ficou com 89 cadeiras, ante 8 na legislatura anterior.