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Bolsas da Europa fecham em baixa com incertezas políticas no radar

Ações do setor de tecnologia chegaram a ganhar impulso seguindo a retomada do setor nos Estados Unidos ontem

Bolsas da Europa fecham em baixa com incertezas políticas no radar
Imagem: Adobe Stock

As bolsas da Europa fecharam em baixa pela segunda sessão consecutiva, com cautela por incertezas políticas em função dos possíveis resultados das eleições francesas, o que chegou a ser expresso por autoridades do Banco Central Europeu (BCE). Ações do setor de tecnologia ganharam impulso seguindo a retomada do setor nos Estados Unidos ontem, mas a força se perdeu ao longo da sessão.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 0,53%, a 514,95 pontos. O BBH avalia que o BCE pode estar cada vez mais preocupado com a França.

Depois de executivos dos bancos terem inicialmente minimizado os acontecimentos recentes, o dirigente do BCE Fabio Panetta alertou: “A rotação política se traduz em incerteza: as famílias e os investidores precisam de formar uma visão sobre a forma como os novos governos irão lidar com muitas decisões críticas, o que pode desencadear saídas de capital e desvalorizações cambiais, criando pressões ascendentes sobre os preços. Também poderá abalar a confiança e enfraquecer a procura, interrompendo ou mesmo revertendo a frágil recuperação que temos visto até agora”, disse. O dirigente acrescentou que “os bancos centrais devem estar preparados para lidar com as consequências de tais choques se e quando estes se materializarem”.

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Economista-chefe do BCE, Philip Lane afirmou hoje que a transmissão da política monetária tem sido robusta e mais forte do que em ciclos anteriores, apesar do excesso de liquidez em determinadas áreas do setor bancário. Já Panetta afirmou que o ciclo de política monetária da zona do euro está em um “ponto de virada”, no qual a macroeconomia é consistente com a normalização dos juros. Segundo ele, o BCE continuará o processo de flexibilização de modo “gradual e suave”.

Entre as empresas, a Airbus ampliou suas quedas de ontem, após tombar com a divulgação de projeções abaixo do esperado. Em Paris, as ações da empresa recuaram 2,77%, onde o CAC 40 caiu 0,69%, a 7.609,15 pontos. Outro destaque era a empresa de logística alemã DHL, que subiu 0,52% em Frankfurt, após a concorrente americana FedEx prever lucro maior do que o esperado para seu ano fiscal de 2025.

Ali também, por outro lado, a Volkswagen caiu 1,78%, após a montadora alemã revelar que pretende investir até US$ 5 bilhões na fabricante americana de picapes elétricas Rivian. Na cidade, o DAX recuou 0,08%, a 18.163,87 pontos. Ainda na Alemanha, pesquisa do instituto GfK apontou que o índice de confiança do consumidor da maior economia europeia mostrará piora em julho.

Em Londres, o FTSE 100 caiu 0,27%, a 8.225,33 pontos. Em Milão, o FTSE MIB recuou 0,49%, a 33.541,98 pontos. Em Madri, o Ibex35 cedeu 0,80%, a 11.030,50 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve baixa de 0,33%, a 65.45,95 pontos.

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