Bolsas da Europa fecham na maioria em baixa, atentas a alta de juros

Na política monetária local, Joachim Nagel, dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC alemão, afirmou em entrevista publicada no fim de semana que o BCE precisa continuar a elevar os juros, diante da inflação elevada, mesmo com riscos crescentes de recessão na Alemanha, apontados hoje pelo próprio Bundesbank.

Na quinta-feira, o BCE publica a ata de sua última reunião, na qual a taxa de juros foi elevada em 50 pontos-base. Nos EUA, haverá nesta semana o simpósio de Jackson Hole, no qual o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve, segundo vários analistas, reforçar a postura de elevações de juros para conter a inflação, o que tende a provocar perda de fôlego na economia dos EUA, com efeitos globais.

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Voltando à Europa, continua em foco a questão da energia. Houve nova onda de cautela, com alta nos preços do gás nos mercados, após a estatal russa Gazprom dizer que suspenderá por três dias o fornecimento pelo gasoduto Nord Stream, por serviços de manutenção. Investidores temem a chance de uma paralisação mais permanente, no contexto da guerra russa na Ucrânia e das sanções europeias contra Moscou. O Rabobank destaca a “crise de energia europeia”, nesse contexto, que para o banco “sem dúvida não está diminuindo”.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em baixa de 0,22%, em 7.533,79 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX caiu 2,32%, a 13.230,57 pontos. O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, registrou queda de 1,80%, a 6.378,74 pontos. Na Bolsa de Milão, o índice FTSE MIB recuou 1,64%, a 22.165,66 pontos.

Em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,64%, a 8.284,80 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 foi na contramão da maioria e subiu 0,09%, a 6.269,44 pontos, após chegar a cair em parte do dia.

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