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As bolsas europeias fecharam na maioria em alta nesta terça-feira (25), impulsionadas pelos setores de defesa e bancário. Dados negativos sobre a economia da Alemanha, a maior do bloco, e a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que seguirá com as tarifas sobre o Canadá e o México, anteriormente anunciadas e postergadas para negociações, também estiveram no radar do mercado. A queda da confiança do consumidor nos EUA neste início de tarde enfraqueceu os índices acionários.
Em Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,11%, a 8.668,67 pontos. O CAC 40, de Paris, caiu 0,49%, em 8.051,07 pontos. Em Madri, o Ibex 35 avançava 0,88%, a 13.126,10 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 avançou 1,47%, a 6.918,99 pontos. Em Milão, o FTSE MIB marcou alta de 0,63%, a 38.714,52 pontos. As cotações são preliminares.
Já em Frankfurt, o índice DAX caiu 0,13%, a 22.395,99 pontos, pressionado ainda pelo encolhimento de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha no quarto trimestre de 2024. Isso colocou em segundo plano os ganhos das fabricantes alemãs de armas Renk (+5,7%) e Hensoldt (+2,7%), ante expectativas de que o Parlamento alemão acelere aprovação de lei que amplia gastos com defesa. Hoje, o Instituto de Finanças Internacionais (IIF) estimou que a dívida de governos em todo o mundo pode aumentar US$ 5 trilhões em 2025 ou mais, a depender, entre outros fatores, dos gastos militares na Europa.
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No setor bancário, com investidores acompanhando desdobramentos geopolíticos globais, Deutsche Bank (+1,9%), Santander (+1,6%), Unicredit (+2,5%), HSBC (+2,3%) e BNP Paribas (+1,6%) avançaram. Os subíndices do EuroStoxx 600 do setor bancário e de defesa tiveram altas de 1,6% e 1,8%, respectivamente.
Trump afirmou ontem que as tarifas sobre importações do México e do Canadá “irão adiante” na próxima semana. Joachim Nagel, dirigente do BCE, afirmou que possíveis tarifas impostas à Europa “não seriam uma boa notícia”. Em entrevista à CNBC, ele destacou que a política de Trump resultaria em “perdedores de ambos os lados do Atlântico”. Mais cedo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, também convocou reunião para definir estratégias contra as tarifas dos EUA sobre o aço europeu, que deve ocorrer em 4 de março.
A dirigente do BCE Isabel Schnabel afirmou hoje que taxas de juros reais mais altas são o cenário mais provável para o futuro, diante de tensões geopolíticas, mudanças climáticas e escassez de mão de obra.