

As bolsas da Europa fecharam a sessão desta segunda-feira (31) em queda, em movimento de aversão ao risco, enquanto investidores aguardam o anúncio da nova rodada da política tarifária do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na próxima quarta-feira (2) de abril, e os dados de inflação ao consumidor da zona do euro, que serão divulgados amanhã.
Em Londres, o FTSE 100 recuou 0,88%, fechando em 8.582,81 pontos. O DAX, de Frankfurt, caiu 1,33%, para 22.161,72 pontos, enquanto o CAC 40, de Paris, perdeu 1,58%, encerrando a sessão em 7.790,71 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve baixa de 1,31%, a 13.135,40 pontos, enquanto o PSI 20, de Lisboa, cedeu 1,23%, para 6.865,62 pontos. Já o FTSE MIB, de Milão, caiu 1,77%, fechando em 38.051,99 pontos. Os dados são preliminares.
O setor automotivo sofreu forte pressão da tarifa de 25% cobrada pelos EUA a carros importados, levando seu subíndice a cair 2,60%. As alemãs Volkswagen e Mercedes-Benz recuavam 3,81% e 3,11% respectivamente hoje em Frankfurt. Ao mesmo tempo, a Renault cedeu 1,8% em Paris e a Stellantis caiu 1,9% em Milão. As cotações são preliminares.
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A inflação na Alemanha desacelerou em março em relação a fevereiro, mas ainda ficou levemente acima das expectativas. As vendas no varejo cresceram mais que o esperado em fevereiro em relação a janeiro.
Para a Capital Economics, a queda na taxa anual do CPI alemão reforça a possibilidade de um corte de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) em abril. O ING concorda, mas destaca que o BC enfrenta um cenário complexo antes da próxima reunião. A virada fiscal da Alemanha, os gastos com defesa na UE e as tarifas dos EUA sobre carros europeus aumentam as incertezas. “O cenário de longo prazo para a zona do euro melhorou, mas o curto prazo parece mais sombrio”, avalia.
Mais cedo, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a luta contra a inflação é uma batalha diária, mas que o BC europeu está próximo da meta de 2%.
Na França, a líder da extrema-direita, Marine Le Pen, foi condenada por corrupção e ficou inelegível por cinco anos. Principal rival de Emmanuel Macron, ela pode ficar fora da disputa presidencial de 2027. Seu advogado vai recorrer, mas a inelegibilidade deve seguir válida.
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