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Bolsas europeias fecham a maioria em alta com BCE e balanços

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  • As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, com sinais positivos vindos de discursos dos dois principais dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e das bolsas de Nova York, que repercutiram os primeiros informes da temporada de balanços corporativos

(Estadão Conteúdo) – As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta quarta-feira, com sinais positivos vindos de discursos dos dois principais dirigentes do Banco Central Europeu (BCE) e das bolsas de Nova York, que repercutiram os primeiros informes da temporada de balanços corporativos. Preocupações com o recrudescimento da pandemia de coronavírus e o ritmo lento da vacinação em boa parte da Europa, porém, pressionaram alguns dos principais índices do mercado no continente. Ainda assim, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançou 0,19%, aos 436,57 pontos.

O FTSE 100, da bolsa de Londres, registrou um dos maiores ganhos do dia, em alta de 0,71%, aos 6.939,58 pontos. As ações de mineradoras, com destaque para Glencore (+5,44%) e Antofagasta (+4,46%), estiveram entre as principais ganhadoras hoje diante da alta dos contratos de metais básicos negociados na London Metal Exchange (LME) e na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

Ainda entre commodities, a disparada do petróleo, por conta da queda nos estoques americanos da commodity, beneficiou petroleiras. A BP, por exemplo, subiu 3,39% em Londres, seguida de perto pela Royal Dutch Shell (+3,30%). Em Madri, a ação da Repsol subiu 4,41%, apoiando a alta de 0,74% do índice IBEX 35, aos 8.588,40 pontos.

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Também contribuiu para o bom humor geral nas bolsas europeias falas da presidente do BCE, Christine Lagarde, e do vice-presidente da autoridade monetária, Luis de Guindos, que apontaram para a continuação das medidas de acomodação no continente. Enquanto Guindos afirmou que os riscos de retirar o apoio muito cedo são maiores do que o de estendê-los além do necessário, Lagarde afirmou que a Europa está “submersa em incertezas” e, por isso, não seria prudente retirar a acomodação antes da pandemia de coronavírus deixar de impactar a economia da zona do euro.

Balanços corporativos de grandes bancos nos EUA, incluindo Goldman Sachs, JPMorgan Chase e Wells Fargo, deram sustentação às ações do setor financeiro europeu. O Societé Generale, listado no índice CAC 40 da Bolsa de Paris, avançou 1,09%, enquanto o BBVA subiu 1,46% em Madri. O índice francês fechou em alta de 0,40%, aos 6.208,58 pontos, apoiado ainda pelo papel da Louis Vuitton, que avançou 2,86% hoje após o grupo divulgar resultados trimestrais que surpreenderam positivamente os investidores.

Contrariando o movimento geral das bolsas, o índice DAX, de Frankfurt, recuou 0,17% hoje, aos 15.209,15 pontos, com o mercado precificando um novo lockdown na Alemanha para conter o avanço local do coronavírus. A chanceler Angela Merkel pediu ontem que o Parlamento alemão a conceda autoridade para decretar medidas nacionais de restrição, segundo informou a agência Reuters.

O mercado ainda reagiu ao dado de produção industrial da zona do euro hoje, que caiu 1,0% em fevereiro ante janeiro. Diante disso e sem grandes drivers locais, o FTSE MIB, da bolsa de Milão, recuou 0,10% nesta terça-feira, aos 24.574,74 pontos. Já o PSI 20, de Lisboa, teve alta de 0,66%, aos 5.029,71 pontos.

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