As bolsas da Europa encerraram uma sequência de três pregões no azul e fecharam com viés negativo nesta quinta-feira (16), em meio a crescentes questionamentos quanto à aposta de investidores de que bancos centrais empreenderão um agressivo relaxamento monetário no ano que vem. Sinais mistos sobre o setor corporativo e a queda firme do petróleo também agravaram a pressão nos negócios.
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“O mercado pode estar numa espécie de modo espera até que as próximas reuniões do banco central ocorram no início e meados de dezembro”, explica a AJ Bell.
Um dia após a desaceleração da inflação no Reino Unido ativar uma onda de busca por risco, a dirigente Megan Greene, do Banco da Inglaterra (BoE), assegurou hoje que os juros ainda ficarão restritivos por um bom tempo, em uma aparente rejeição a precificação por um ciclo rápido de cortes em 2024.
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Assim, o índice FTSE 100, referência na Bolsa de Londres, encerrou a sessão em baixa de 1,01%, a 7.410,97 pontos. O papel da casa de moda de luxo Burberry liderou as perdas, em queda de 10,69%, após projetar enfraquecimento da demanda à frente. Já a ação da BP recuou 2,94%, na esteira da desvalorização de até 4% do petróleo, que volta a embutir incertezas sobre a demanda no preço.
Em Paris, TotalEnergies perdeu 2,43%, o que contribuiu para a retração de 0,57% do CAC 40, aos 7.168,40 pontos, na mínima do dia. Airbus subiu 0,05% após a Emirates Airline encomendar 15 jatos da empresa durante feira de aviação em Dubai. Na contramão dos negócios franceses, o índice DAX, de Frankfurt, ganhou 0,24%, a 15.786,61 pontos.
Em segundo plano nas mesas de operações, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, alertou para os riscos à estabilidade financeira associados ao quadro de juros elevados. Já o dirigente Klaas Knot destacou a resiliência do sistema após as reformas efetuadas na esteira da crise financeira de 2008.
Entre outras praças, o FTSE MIB, de Milão, caiu 0,71%, a 29.258,10 pontos, na mínima do dia. Já o PSI 20, de Lisboa, recuou 0,81%, a 6.247,63 pontos, enquanto o Ibex 35, de Madri, se valorizou 0,34%, a 9.673,20 pontos. Na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez superou uma série de protestos e foi escolhido para um novo mandato como premiê, após ter firmado um controverso acordo com separatistas da Catalunha.
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Todas as cotações citadas são preliminares.