As bolsas de Nova York fecharam hoje em alta de cerca de 1%, com recuperação ao longo da tarde, à medida que o mercado mudou a leitura do payroll com criação de empregos fortes e passou a focar no avanço dos salários bem mais fraco que o esperado.
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Assim, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,87%, aos 33.407,58 pontos; o S&P 500 teve ganhos de 1,18%, aos 4.308,50 pontos, e o Nasdaq subiu 1,60%, aos 13.431,34 pontos. No acumulado da semana, Dow Jones perdeu 0,30%, S&P 500 subiu 0,47% e Nasdaq ganhou 1,60%.
Hoje pela manhã, o payroll dos EUA indicou geração de empregos muito acima do esperado, enquanto a taxa de desemprego permaneceu inalterada, o que a primeiro momento sustentou o temor de investidores de que ao menos uma alta da taxa de juros básicos pelo Federal Reserve (Fed) para que o país retorne à meta da inflação. Porém, depois de um momento ruim ao risco, investidores tiveram tempo para analisar o relatório de geração de empregos.
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Para o trader do Braza Brank, Gabriel Ribeiro, a média de salários por hora abaixo do esperado “gera uma expectativa melhor de lucros das empresas nas bolsas americanas”, e por isso as ações em NY tiveram ímpeto renovado ao longo do pregão.
Em destaque, as ações das montadoras Ford e General Motors (GM) subiram 0,84% e 1,85%, respectivamente, depois da UAW informar que desistiu de paralisar operações em uma planta da General Motors no Texas, diante de avanços nas negociações com os trabalhadores.
O ímpeto visto hoje nas bolsas, porém, não deve durar, diz a Capital Economics em relatório. A consultoria pontua que, mesmo em um cenário em que a alta dos rendimentos dos Treasuries tenha chegado ao fim, o S&P 500 não deve terminar o ano em situação muito melhor, ao menos não em curto prazo. A análise é consistente com a visão de boa parte dos especialistas, que enxergam perspectivas negativas para os mercados acionários, como mostrou reportagem do Broadcast ontem.