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Bolsas de NY fecham em queda, com crescimento da economia americana

Federal Reserve pode ter que deixar a taxa de juros mais alta por um tempo maior para conter a inflação

Bolsas de NY fecham em queda, com crescimento da economia americana
Operador trabalha na Bolsa de Nova York, em Nova York, EUA 20/05/2022 REUTERS/Andrew Kelly

Os mercados acionários de Nova York fecharam em queda robusta, à medida que o apetite ao risco foi reduzido, diante de dados fortes de crescimento da economia americana, o que indica que o Federal Reserve (Fed) pode ter que deixar a taxa de juros mais alta por um tempo maior para conter a inflação.

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,05%, em 33.027,49 pontos, o S&P 500 caiu 1,45%, a 3.822,39 pontos, e o Nasdaq teve perda de 2,18%, a 10.476,12 pontos.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu à taxa anualizada de 3,2% no terceiro trimestre, mostrou a revisão final de hoje, sendo que analistas previam a repetição da leitura anterior, com alta de 2,9%. Investidores também monitoraram dados do mercado de trabalho americano: os pedidos de auxílio-desemprego subiram 2 mil, a 216 mil, abaixo da previsão de 220 mil pedidos na semana passada. “As reivindicações contínuas continuam muito mais baixas do que eram antes da pandemia e ilustram a rigidez do mercado de trabalho”, analisa o Citi.

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Para a Oxford Economics, a leitura do PIB é encorajadora, mas a economia deve ser testada em breve devido ao contínuo aperto da política monetária e das altas de juros pelo BC americano. Segundo relatório da instituição, os dados apoiam o adiamento da projeção do começo da recessão americana para o segundo trimestre de 2023. “Após outra rodada de dados econômicos, a economia dos EUA não parece querer entrar em recessão tão cedo. Wall Street ainda está precificando mais um aumento de taxa na reunião do FOMC de fevereiro, mas se os dados não quebrarem, um aumento de março deve começar a ser precificado”, diz o economista Edward Moya, da Oanda.

“Assim que os bancos centrais entrarem em pausa, como farão em algum momento do ano que vem com a queda da inflação, isso colocará um pouco mais de vigor nos mercados”, disse Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da corretora britânica Hargreaves Lansdown. “Até lá, esse carrossel vai rodar”, acrescentou.

Entre os papéis de destaque, estão os da Tesla (-8,88%), que despencaram após a empresa dobrar os descontos oferecidos em seus veículos elétricos Modelo 3 e Modelo Y entregues nos EUA este mês, alimentando a preocupação de que a demanda por automóveis da montadora de Elon Musk possa estar diminuindo. Ações da Microsoft (-2,55%) também caíram. A França multou a empresa de tecnologia em 60 milhões de euros, pelo fato dela impor cookies de anúncios publicitários a seus usuários.

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