A nova oferta feita pelo banqueiro colombiano Jaime Gilinski para aquisição de 51% da varejista colombiana Almacenes Éxito pelo valor de US$ 586,5 milhões, mostra uma forte vontade do investidor em adquirir os ativos, avalia o Bradesco BBI. Para o banco o processo de licitação deve continuar nas próximas semanas até que a cisão seja concluída.
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A proposta foi rejeitada pelo GPA, que alega que o preço ofertado “não atende parâmetros adequados de razoabilidade financeira para uma transação visando uma participação de controle e, portanto, não atende o melhor interesse do GPA e de seus acionistas”.
Em relatório, os analistas Felipe Cassimiro, Pedro Pinto, Renan Sartorio e João Andrade afirmam que mantém a visão de que a segregação das operações do GPA Brasil e do Grupo Éxito poderia agregar valor, já que ambos os ativos combinados são negociados com múltiplo de 3,2 vezes o EV/Ebitda previsto para 2024, um desconto de 45% para as empresas de varejo de alimentos do Brasil sob a cobertura do banco.
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Os profissionais comentam que, à primeira vista, tinham uma visão positiva sobre a segunda oferta de Gilinski. Eles lembram que o GPA Brasil possui uma estrutura de capital desequilibrada e enquanto a margem bruta está se recuperando lentamente. No entanto, o GPA esclareceu vários pontos das negociações em andamento. “Dada a disputa histórica entre Gilinski e a GEA pelo Grupo Nutresa durante 2021-23, vemos alguns dos termos como requisitos mínimos razoáveis para uma fusão e aquisição de US$ 600 milhões”, avaliam.