Bradesco (BBDC4) ganha novo voto de confiança: BofA e Citi reforçam compra após 7º trimestre de lucro em alta
Analistas apontam avanço gradual da rentabilidade, melhora na margem e qualidade do crédito, mas destacam despesas ainda elevadas e necessidade de eficiência
BofA e Citi mantêm recomendação de compra para Bradesco após lucro de R$ 6,2 bilhões no 3º tri. Bancos citam avanço do ROE, melhora na margem e perspectivas positivas para 2026, apesar de despesas elevadas. (Imagem: Adobe Stock)
Bank of America e Citi reiteraram visão positiva sobre o Bradesco (BBDC4) após os resultados do terceiro trimestre, com ambos mantendo recomendação de “compra”. O BofA afirmou esperar “crescimento robusto” dos lucros em 2026, destacando geração sólida de receitas, especialmente em seguros e na margem com clientes, enquanto o Citi ressaltou perspectivas favoráveis para receita e qualidade do crédito.
O lucro líquido do Bradesco foi de R$ 6,2 bilhões, o sétimo trimestre consecutivo de alta, em meio a um processo de reestruturação gradual. O ROE atingiu 14,7% no fim de setembro, com melhora da margem, embora despesas e provisões tenham aumentado — especialmente no segmento de atacado. O Citi observou que a eficiência operacional ainda está perto de 50%, acima dos pares, reforçando a necessidade de reduzir despesas.
Na carteira de crédito, o BofA destacou desaceleração do crescimento anual para 10%, com perda de tração no crédito ao consumo, enquanto crédito para pequenas e médias empresas cresceu 25%. O NII total aumentou 17% na comparação anual, puxado por clientes, apesar da pressão do mercado com Selic alta. A inadimplência ficou estável e a seguradora apresentou ROE de 22,4%. Já o Citi vê espaço para surpresas positivas em 2026, com vantagem no custo de captação e medidas de gestão de caixa.