As ações da Braskem (BRKM5) operam em forte alta nesta terça-feira (19) e lideram os ganhos do Ibovespa na sessão. Às 17h27 os papéis disparam 7,15%, cotados a R$ 19,47, após oscilarem entre máxima a R$ 19,59 e mínima a R$ 18,18. O movimento ocorre após sinalizações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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O chefe do Executivo disse que, se for necessário, a Petrobras (PETR3;PETR4) aportaria recursos na petroquímica para que o pagamento de indenizações não atrapalhe a venda da Braskem. O tema ficou mais sensível após o colapso da mina 18 da empresa em Maceió, no Alagoas, com a previsão de pagamentos extras como forma de indenizar as vítimas do desastre ambiental.
Além disso, Lula ordenou que o BNDES não faça empréstimos a interessados na compra da petroquímica e alertou que não permitirá que a venda seja fatiada. As possibilidades surgiram em meio às negociações para a venda da parte da Novonor (antiga Odebrecht), que controla a Braskem. Três empresas fizeram propostas pela fatia da empresa nos últimos meses: Unipar (UNIP6), J&F e Abu Dhabi National Oil Company (Adnoc), estatal de petróleo de Abu Dabhi.
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Ao Broadcast, o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti, afirmou que as afirmações de Lula são positivas para a Braskem, considerando que ter a Petrobras como financiador traria maior segurança, por ser uma empresa do mesmo ramo e “bem consolidada”.
“Com toda a situação da Braskem após o colapso da mina em Maceió, ter o BNDES como financiador geraria mais incertezas por ser um banco fortemente ligado ao governo. A Petrobras também é, mas tem bons fundamentos e capacidade de melhorar a credibilidade da situação”, afirmou o especialista.
*Com informações do Broadcast