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Plano estratégico da Petrobras (PETR4) é um passo na “direção errada”, diz BTG

Ainda assim, o banco segue recomendando a compra para as ações da petrolífera

Plano estratégico da Petrobras (PETR4) é um passo na “direção errada”, diz BTG
Petrobras (PETR3;PETR4) (Foto: Geraldo Falcão/Petrobras)

O plano estratégico da Petrobras (PETR4) altera a estratégia da companhia, que nos últimos anos vinha concentrando as operações na extração de petróleo, e é mais um passo da empresa na “direção errada”, avalia o BTG Pactual (BPAC11) em relatório. Ainda assim, o banco segue recomendando a compra para as ações da petrolífera.

O BTG Pactual destacou que a empresa elevou a previsão de investimento dos próximos cinco anos em 31%, para US$ 102 bilhões, considerando projetos que ainda estão em avaliação. Sem eles, ainda assim o valor teria crescido, em 17%, para US$ 91 bilhões. O plano também aumentou o volume de investimentos em projetos de baixo carbono para US$ 11,5 bilhões, de US$ 4,4 bilhões anteriormente.

Considerando apenas o ano que vem, a Petrobras prevê investimentos de US$ 18,5 bilhões. O valor é menor que o estimado pelo BTG Pactual (US$ 20 bilhões), mas ainda assim é considerado alto pelo banco, que considera pouco provável a petrolífera seguir à risca o planejamento.

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“A Petrobras investiu 25% menos do que a previsão de Capex nos últimos sete anos (-19% em 2023)”, afirmou.

O BTG Pactual também disse que desde o começo do ano a Petrobras fez mudanças em quase todos os pilares que justificam o investimento na companhia. “A empresa mudou a política de preço dos combustíveis, reduziu o payout (de 60% para 45% do fluxo de caixa livre menos Capex), propôs a criação de uma reserva de capital (permitindo maior retenção de lucro) e agora aumentou o limite de investimentos”, disse o BTG Pactual.

“Continuamos vendo estes movimentos como sendo na ‘direção errada'”, afirmou o banco, acrescentando que eles podem diminuir a eficiência da empresa. “Mas ainda há motivos para acreditar que a companhia vai gerar mais caixa do que o mercado espera”, acrescentou.

O BTG Pactual aponta, entre estes fatores, a produção maior que a esperada, a redução dos investimentos e mecanismos robustos de governança corporativa. “Mesmo que algumas fusões e aquisições ocorram, não achamos que elas vão comprometer a capacidade da empresa de distribuir dividendos atraentes”, concluiu.

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O BTG Pactual tem recomendação de compra para os American Depositary Receipts (ADRs, recibos de ações de empresas não-americanas emitidos e negociados nos EUA) da Petrobras, com preço-alvo em US$ 16, o que representa um potencial de valorização de 12% maior em relação ao fechamento mais recente dos papéis.

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