BTG mantém Gerdau como favorita mesmo com demanda fraca por aço e destaca cenário mais positivo para 2026. (Imagem: Adobe Stock)
Apesar da desaceleração na demanda pelo aço, conforme apontam dados de outubro do Instituto Brasileiro do Aço (IABr), os números acumulados no ano permanecem relativamente bons, avaliou o BTG Pactual. Além disso, as exportações aumentaram no mês, com as siderúrgicas locais conseguindo redirecionar volumes para outras regiões. Assim, Gerdau (GGBR3; GGBR4) continua sendo a siderúrgica preferida do banco na América Latina.
Segundo o BTG, a empresa é apoiada por uma qualidade de ativos superior à de seus pares e por uma configuração atraente para 2026: menor capex (despesas de capital), um múltiplo Ebitda de 4,0 vezes e rendimentos de fluxo de caixa livre (FCF) de 10% a 11%.
A demanda aparente por aço caiu 6% na comparação anual, impactada tanto por vendas domésticas mais fracas quanto por menores importações. “Embora a queda nas importações possa ser vista como um sinal positivo, consideramos que ela reflete principalmente uma demanda subjacente mais fraca, e não qualquer efeito significativo de medidas protecionistas, já que os níveis de participação no mercado permanecem elevados”, afirmam os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi em relatório.
O BTG aponta que, olhando para o futuro, a agenda antidumping em andamento continua sendo o principal foco do setor siderúrgico, com resultados importantes esperados a partir de fevereiro de 2026, potencialmente preparando o terreno para um ambiente mais saudável.
No geral, o banco acredita que o setor vai continuar enfrentando condições desafiadoras nos próximos trimestres diante das persistentes pressões de importação, um ambiente competitivo mais acirrado e, agora, uma demanda mais fraca.