O BTG Pactual (BPAC11) calcula que a Petrobras (PETR4) deve pagar ao governo cerca de R$ 18 bilhões ou 84% do valor previsto no novo projeto de Lei Orçamentária (a NOC foi responsável por 77% dos pagamentos de dividendos ao governo em 2022-23).
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A análise do BTG tem como base o anúncio do governo federal a respeito da Lei Orçamentária Anual 2024, que estabelece que a União deva receber R$ 47,6 bilhões, R$ 21,4 bilhões e R$ 21,6 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de suas participações em estatais, durante, respectivamente, os anos de 2023, 2024 e 2025.
Além disso, o banco explica que o cálculo foi feita com base nos preços do petróleo em US$ 70/bbl e uma taxa de câmbio de R$ 4,9/US$ e investimentos.
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O BTG, no entanto, acredita que as decisões relativas aos pagamentos extraordinários só devem se concretizar no próximo ano, à medida que as necessidades fiscais do governo mudarem. “Portanto, ainda existe uma grande probabilidade de que o governo possa obter dividendos mais elevados”, disseram os analistas Pedro Soares e Thiago Duarte, em relatório.
Em relação a Lei Orçamentária, o banco observa que a notícia desencadeou uma reação negativa nas ações da Petrobras durante o pregão de ontem, 7, mencionando o temor dos investidores de que o valor sugerisse que a NOC pudesse não pagar dividendos extraordinários.
“Embora reconheçamos que os riscos de retenção de lucros aumentaram significativamente após a criação de uma reserva de capital para a Petrobras, não acreditamos que a lei signifique necessariamente que os pagamentos serão menores. Na verdade, vemos qualquer reação negativa a isto como um bom ponto de entrada para a Petrobras”, ponderam os profissionais.
O banco reitera recomendação de compra para os ADRs da estatal, com preço-alvo de US$ 16, o que representa um potencial de valorização de 17,4% em relação ao fechamento de ontem.
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