A superintendência-geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, oferta pública subsequente de ações (follow-on) realizada pela Eneva (ENEV3) neste mês, que resultou no aumento da participação da Partners Alpha Investiments na companhia. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (21).
O Alpha é um veículo de investimento para sócios seniores específicos do Grupo BTG Pactual, mas não é controlado, nem tem vínculos societários, com o Banco BTG Pactual (BPAC11). De acordo com comunicado emitido na última quinta-feira (17), pela Eneva, o Alpha passou a contar com 24,13% do total de ações ordinárias emitidas na operação citada.
Como mostrou o Broadcast, o veículo de investimentos havia se comprometido a comprar todas os papéis da oferta base a R$ 14. Mas, segundo interlocutores, houve demanda do mercado pelas ações, de estrangeiros e locais, incluindo de fundos com perfil de mais longo prazo.
Em documentos enviados pelas empresas ao órgão antitruste, as empresas reforçaram que o Cade já analisou e aprovou um eventual aumento da participação societária do Grupo BTG Pactual na Eneva “dos atuais 38,35% a aproximadamente 44% do capital social da Eneva após a operação”.
No processo, no entanto, pontua-se que a efetiva participação do Grupo BTG Pactual na Eneva seria conhecida apenas após a liquidação da follow-on e o fechamento das operações com ações e ativos.
Ainda assim, informaram que, com o fechamento do ato de concentração referente à compra de usinas termelétricas, conforme anunciado em julho, e do follow-on, “espera-se que a participação final do Grupo BTG Pactual na Eneva permaneça inferior a 50%”.