O UBS BB reduziu de R$ 16 para R$ 15 o preço-alvo para as ações da Caixa Seguridade (CXSE3), o que implica em potencial valorização de 1,8% em relação ao fechamento de segunda-feira (22). A recomendação para os papéis foi mantida em neutra.
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De acordo com a equipe liderada pelo analista Kaio Prato, a redução do preço-alvo das ações da Caixa Seguridade se deu pela incorporação dos dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) sobre o setor referentes a abril e maio, pelos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul e também por avisos de sinistro feitos pela Caixa Econômica Federal em apólices de seguro prestamista.
Neste mês, a holding de seguros, previdência e capitalização do banco público informou ao mercado que a Caixa atualizou a base de dados de beneficiários de prestamista que faleceram, o que levou a um volume de avisos atrasados de sinistros no produto.
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A empresa fez uma provisão de R$ 340 milhões para cobrir estes avisos, o que levou a impacto negativo de R$ 130 milhões que será contabilizado no balanço do segundo trimestre deste ano da Caixa Seguiridade. “A sinistralidade do prestamista aumentou para 178% em maio, contra 17% em abril, e aumentamos nossas estimativas para os números à frente em 5 pontos porcentuais”, afirma a equipe do UBS BB.
Os analistas pontuam ainda que os dados de maio da Susep mostraram os primeiros impactos das enchentes no Rio Grande do Sul sobre os números do setor. Na Caixa Seguridade, o habitacional foi o seguro mais impactado, com a sinistralidade da Caixa Seguradora (contratos antigos) subindo de 36% para 93% entre abril e maio, e da XS3 (contratos a partir de 2021) indo de 25% para 219%.
Na visão do UBS BB, os resultados do segundo trimestre devem ser os mais fracos da Caixa Seguridade no ano, com lucro líquido de R$ 802 milhões, o menor em quase dois anos. Nos próximos trimestres, deve haver uma recuperação, com o lucro do ano chegando a R$ 3,75 bilhões, alta de 7% em relação a 2023.
*Com informações do Broadcast
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