Os problemas financeiros da gigante construtora Evergrande estão afetando bônus com grau especulativo do setor imobiliário chinês.
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Os calotes sobre bônus em dólar emitidos por incorporadoras chinesas estão aumentando rapidamente em meio à desaceleração do setor, e o problema poderá se agravar, visto que uma pilha de dívidas da enfraquecida indústria está para vencer nos próximos meses.
Incorporadoras dominam o mercado chinês de bônus internacionais de alto rendimento, representando cerca de 80% das dívidas totais de US$ 197 bilhões, segundo o Goldman Sachs.
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O mercado já enfrentou sua maior turbulência em uma década, depois que a Evergrande falhou no pagamento de juros sobre bônus no fim de setembro, e a concorrente Fantasia Holdings surpreendeu investidores, ao não pagar dívida que venceu no começo de outubro.
Desde então, ao menos quatro incorporadoras chinesas deram calote ou pediram a investidores tempo adicional para acertar suas dívidas. Além disso, vence no fim de semana um prazo de carência de 30 dias que a Evergrande tem para honrar dívidas com detentores de bônus, e a expectativa é que a empresa dê calote sobre quase US$ 20 bilhões em bônus.