Por Cícero Cotrim e Eduardo Rodrigues – O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Diogo Guillen, disse há pouco que um aperto monetário mais forte do que o esperado por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) levaria a uma reação do câmbio brasileiro.
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“Se houver surpresas, se for acima do que está precificado de aperto pelo Fed, a gente pode ver o câmbio reagindo, claro”, disse, durante um webinar organizado pelo Credit Suisse.
De acordo com Guillen, o aperto monetário global tem criado um debate sobre a perda do canal do câmbio na política monetária, já que se trata de um preço relativo que responde ao diferencial de juros. Em contrapartida, o diretor do BC afirmou que esse aperto global também leva a uma abertura do hiato do produto do mundo.
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Perguntado sobre a possibilidade de o BC intervir no câmbio, Guillen disse que essa atuação vai depender do caráter dos impactos. “Se a gente identificar volatilidade excessiva, redução de liquidez, disfuncionalidade, merece intervenção. Mas, se é uma mudança de fundamentos, e o câmbio é um preço relativo que reflete esses fundamentos, aí, não”, afirmou.