Preocupações com a aceleração da inflação mundial na esteira do petróleo que volta a subir hoje, ao passo que prosseguem incertezas quanto a um fim da guerra na Ucrânia, empurram os mercados de ações internacionais para o negativo.
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Neste cenário, o Ibovespa tem instabilidade, podendo interromper uma série de cinco pregões seguidos de alta. Nem mesmo apreciação do óleo, com o do tipo Brent tocando os US$ 129 por barril, e o minério de ferro subiu 1,41%, na China, a US$ 147,7 por tonelada, empolgam o índice Bovespa, bem como a queda do dólar. Hoje a moeda volta a cair e já opera aquém de R$ 4,90. Ontem, o Ibovespa fechou com alta de 0,96%, aos 117.272,44 pontos, enquanto o dólar caiu 0,59%, a R$ 4,9152.
“Não tem uma agenda de divulgação de dados importantes. Talvez o que possa pesar serão as falas de presidentes de bancos centrais”, diz Lucas Carvalho, especialista em renda variável da Blue3. Ele refere-se às participações de principalmente do presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, hoje, no BIS Innovation Summit 2022.
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“O quadro é meio de risk-off, mas nada alarmante. A preocupação segue no ar. Cenário de guerra não sai do radar, e isso pressiona as commodities“, afirma o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus, em comentário matinal a clientes e à imprensa.
Contrariando o índice futuro e a queda externa, o Ibovespa abriu em alta, mas tem instabilidade, tentando sustentar a valorização, de forma moderada, impulsionado por ações ligadas a commodities. Em contrapartida, papéis do setor financeiro caem, após subirem ontem.
“Na Bolsa, ações ligados a commodities subiram muito e ainda tendem a subir, ainda por incerteza com a guerra desfecho. E o fluxo tende a continuar. Saiu um player emergente e aqui recebe uma alocação em cima disso. Difícil saber até onde vai”, avalia José Simão, sócio da Legend Investimentos. Às 10h14, o Ibovespa subia 0,04%, aos 117.324,31 pontos, na esteira da alta do petróleo e do minério de ferro
Apesar de o encarecimento do petróleo em tese favorecer as ações das petrolíferas na Bolsa, sobretudo as da Petrobras, tende a colocar ainda mais pressão sobre a companhia, sobre o governo em relação aos preços dos combustíveis, elevando temores fiscais e de ingerência política. Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou a estatal por redução dos preços dos combustíveis.
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Porém, o mercado segue de olho na guerra russo-ucraniana, em como ficarão os juros no mundos e a cotação do petróleo, diz Carvalho, da Blue3. “Os ruídos em cima da Petrobras tendem a continuar, mas o investidor tem olhado para uma perspectiva mais ampla.”
Às 11h06, o Ibovespa subia 0,40%, aos 117.737,43 pontos, na máxima