Apesar da recente valorização do petróleo no mercado internacional, na esteira da prorrogação de cortes de oferta por Arábia Saudita e Rússia, a consultoria Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) mantém a previsão de preço médio do Brent a US$ 93 neste segundo semestre.
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Hoje, após as perdas no início do dia, o preço do barril de Brent se recuperou, esboçando nova valorização e um preço de US$ 90,15 no fim da manhã. Ontem, os contratos do Brent para novembro fecharam o dia com valorização de 1,18%, a US$ 90,05 – o maior patamar da commodity desde novembro de 2022. Durante a sessão, esse preço chegou a máxima de US$ 91,14.
O Brent acima dos US$ 90 no segundo semestre já era esperado pelas casas de análise. Mas a superação do patamar veio antes do esperado em função do anúncio unilateral da prorrogação de cortes na oferta por Arábia Saudita e Rússia. Inicialmente, os cortes seguiriam até setembro e o mercado esperava uma possível extensão para outubro. Finalmente, a restrição vai até o fim do ano.
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No caso da Arábia Saudita, trata-se da manutenção, por mais três meses, do corte de 1 milhão de barris por dia, que começou em julho. No caso da Rússia, o volume cortado é menor, 300 mil barris por dia.
“Estamos no primeiro dia (após anúncio). Ainda é prematuro definir o quanto isso vai impactar na média anual. Mantemos a previsão de US$ 93, mas pode ficar um pouco acima disso. Nossa leitura continua com a mesma média”, diz Pedro Rodrigues, diretor do CBIE.
A consultoria estima que o Brent toque a casa dos US$ 95 entre outubro e dezembro. Mas, segundo Rodrigues, não seria surpresa se esse preço ainda ficasse ligeiramente acima disso.