As principais preocupações dos investidores com Rumo (RAIL3) atualmente estão relacionadas à demanda da China por grãos no futuro e ao risco de uma desaceleração nas importações pelo país asiático, o que poderia limitar o crescimento da Rumo em volumes transportados, avalia o Goldman Sachs.
Leia também
Em relatório, os analistas Bruno Amorim e João Frizo avaliam que a equipe global do banco ainda espera importações estáveis/maiores de soja pela China em 2025, o que deve sustentar a demanda no próximo ano. O ponto-chave, segundo o banco, é a perspectiva de safras fortes tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, que eventualmente poderiam manter os preços dos grãos sob pressão, limitando assim o crescimento das áreas plantadas, no futuro.
No curto prazo, o banco avalia que os potenciais ventos favoráveis para as exportações de grãos do Brasil são decorrentes do aumento da demanda na China em meio à recuperação do rebanho suíno.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O banco avalia que potenciais restrições de política comercial em um cenário de uma segunda administração Trump podem pesar no lado negativo. Além disso, o fato de os estoques de soja e farelo de soja na China estão significativamente mais altos do que em períodos históricos, o que também poderia representar um obstáculo às importações pela China.
No longo prazo, o Goldman avalia que as iniciativas de segurança alimentar da China poderiam resultar em uma maior produção doméstica de grãos e, portanto, reduzir a dependência do país em relação às importações de grãos, embora atualmente tenhamos visibilidade limitada sobre até que ponto isso poderia se materializar nos próximos anos.
O Goldman Sachs mantém recomendação de compra para Rumo, com preço-alvo de R$ 26,50, o que representa um potencial de valorização de 29,4% sobre o fechamento da última quinta-feira (19).